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Argentina impede entrada de calçados brasileiros

País tem 2,229 milhões de pares vendidos para Argentina barrados por conta das medidas restritivas impostas pelo país vizinho

A invasão estrangeira: os produtos industriais do Brasil estão levando uma surra dentro e fora do país (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2012 às 22h43.

São Paulo - O Brasil tem 2,229 milhões de pares vendidos para Argentina mas que estão barrados por conta das medidas restritivas impostas pelo país vizinhos aos produtos brasileiros, disse nesta quinta-feira o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein. "Todos esses pares foram vendidos, mas estão na fronteira ou estocados", afirmou.

"A Argentina é um mercado altamente promissor. São os principais compradores do Brasil de calçados e outros produtos. Se não fossem as restrições às quais estamos sujeitos, poderíamos vender 25 milhões de pares para a Argentina ao ano. Há uma série de restrições impostas pelo país que fere as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio). Isso é ilegal", avaliou o executivo.

De acordo com Klein, a associação tem levado ao governo as reivindicações do setor, mas questões diplomáticas impedem uma tomada de decisão mais efetiva. "Estamos indo a Brasília toda semana para levar os pedidos dos empresários", contou.

O executivo revelou que, na semana passada, em reunião com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, ficou claro que o governo pretende endurecer o discurso nas negociações previstas para o dia 12, quando os dois países se reunirão para buscar alguma alternativa de normalização. "Parece que finalmente o governo entendeu que empresas brasileiras, acreditando no acordo entre os dois países fizeram investimentos e acordos com empresas argentinas e agora não conseguem embarcar seus produtos", finalizou.

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"A Argentina é um mercado altamente promissor. São os principais compradores do Brasil de calçados e outros produtos. Se não fossem as restrições às quais estamos sujeitos, poderíamos vender 25 milhões de pares para a Argentina ao ano. Há uma série de restrições impostas pelo país que fere as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio). Isso é ilegal", avaliou o executivo.

De acordo com Klein, a associação tem levado ao governo as reivindicações do setor, mas questões diplomáticas impedem uma tomada de decisão mais efetiva. "Estamos indo a Brasília toda semana para levar os pedidos dos empresários", contou.

O executivo revelou que, na semana passada, em reunião com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, ficou claro que o governo pretende endurecer o discurso nas negociações previstas para o dia 12, quando os dois países se reunirão para buscar alguma alternativa de normalização. "Parece que finalmente o governo entendeu que empresas brasileiras, acreditando no acordo entre os dois países fizeram investimentos e acordos com empresas argentinas e agora não conseguem embarcar seus produtos", finalizou.

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