Economia

Argentina diz que crédito do FMI permitirá sequência da reforma econômica

O ministro do Interior, Rogelio Frigerio, afirmou que o empréstimo do FMI vai garantir o equilíbrio das contas da Argentina

Macri: o presidente argentino anunciou que a linha de crédito do FMI vai atuar a desvalorização do peso (Marcos Brindicci/Reuters)

Macri: o presidente argentino anunciou que a linha de crédito do FMI vai atuar a desvalorização do peso (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de maio de 2018 às 14h23.

Buenos Aires - O governo da Argentina afirmou nesta quarta-feira que o crédito negociado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) garantirá a sequência das reformas econômicas feitas pelo presidente do país, Mauricio Macri, desde 2015.

"Vamos mudar a fonte de financiamento para poder continuar com todas essas mudanças de maneira gradual, para que possa haver crescimento, geração de emprego, em um contexto de baixa do déficit (primário) e diminuição da pobreza", explicou o ministro de Agroindústria da Argentina, Luis Miguel Etchevehere, à agência estatal "Télam".

O ministro do Interior, Rogelio Frigerio, afirmou em entrevista à "CNN" que este é o momento adequado de usar de forma preventiva as linhas de crédito do FMI para que o crescimento, os empregos e a redução da pobreza possam ser sustentados no longo prazo.

"Esse caminho gradual para o equilíbrio das contas tinha uma condição: o financiamento externo. Quando isso se complica, o que fizemos foi recorrer a uma linha de crédito", afirmou o ministro.

Frigerio garantiu que o governo está tomando medidas para que o esforço feito para fazer a Argentina voltar a crescer depois de quase cinco anos de estagnação econômica não seja perdido.

Desde que Macri anunciou ontem que está negociando com o FMI o acesso a uma linha de crédito para atenuar as consequências da forte desvalorização do peso argentino frente ao dólar, os principais partidos da oposição alertaram que o país sempre se deu mal quando recorreu a empréstimos da organização internacional.

A Argentina sempre teve uma relação tortuosa do FMI, especialmente depois a grave crise econômica, política e financeira de 2001, quando o país foi prejudicado pelas duras condições exigidas pela organização ao conceder os empréstimos.

O ministro do Interior avaliou que recorrer ao FMI não é um fracasso do governo e ressaltou que a organização já não é mais a mesma, evitando interferir nas medidas tomadas pelos governos. Para sustentar suas afirmações, Frigerio citou as declarações positivas feitas pela diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, sobre as reformas de Macri quando visitou Buenos Aires em março.

"Este governo já deu provas de fazer bom uso do dinheiro público", ressaltou Echevehere.

 

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