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Argentina afrouxará restrições à importação de móveis

O governo da Argentina decidiu afrouxar as restrições aplicadas às importações de móveis brasileiros. A decisão representa um recuo do governo, depois que o Brasil manifestou a intenção de levar o conflito à Organização Mundial do Comércio (OMC) e ao Tribunal Arbitral do Mercosul. "Publicamos hoje no Diário Oficial a decisão de acabar com a […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2009 às 19h12.

O governo da Argentina decidiu afrouxar as restrições aplicadas às importações de móveis brasileiros. A decisão representa um recuo do governo, depois que o Brasil manifestou a intenção de levar o conflito à Organização Mundial do Comércio (OMC) e ao Tribunal Arbitral do Mercosul. "Publicamos hoje no Diário Oficial a decisão de acabar com a exigência de visto consular para a importação de móveis de madeira e peças de móveis do Brasil", anunciou a ministra de Indústria e Turismo, Débora Giorgi, durante entrevista coletiva à imprensa.

A medida obrigava o exportador brasileiro a se deslocar até o consulado da Argentina em Porto Alegre para obter o visto consular, o que implicava em tempo e custos adicionais. O visto consular foi uma manobra da Argentina para restringir a entrada dos móveis em seu mercado, apesar do acordo fechado com os empresários brasileiros, que concordaram em reduzir suas vendas ao País vizinho em 35%. O acordo foi fechado em junho passado, em Buenos Aires, ocasião em que a Abimóveis concordou em limitar suas vendas à Argentina, mas a Argentina descumpriu a promessa feita ao Brasil e não reduziu a burocracia para as importações dos móveis. As licenças para a entrada dos produtos em seu mercado demoram até quase quatro meses.

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Segundo a ministra Giorgi, a decisão de recuar nas exigências está baseada na "possibilidade certa de começar a integrar a cadeia de valor de móveis e peças". Ela disse que o projeto de integração desse setor "está avançado na Província de Misiones". "Vamos usar recursos do fundo do Mercosul, o qual está destinado aos projetos de integração produtiva", disse Giorgi.

O anúncio foi feito junto ao chanceler Jorge Taiana, que defendeu as barreiras argentinas no comércio bilateral. "As medidas têm uma razão que é a defesa comercial para evitar defeitos não desejados na economia", argumentou Taiana. Indagado sobre a expectativa dele para a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner no próximo dia 18, em Brasília, Taiana deu claros sinais de que a Argentina não vai ceder nas restrições comerciais. "Nós sempre levamos em conta as necessidades do nosso setor produtivo e qualquer avanço (nas negociações com o Brasil) será nesse sentido", disse Taiana.

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