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Áreas de partilha devem ter pico de 3,9 milhões de barris por dia em 2031

Hoje, produção total do Brasil tem média de 2,9 milhões de barris por dia; áreas de partilha garantem percentual da produção à União

Plataforma de petróleo: para se chegar ao pico de produção em 2031, os investimentos da cadeia produtiva de óleo e gás natural deverão somar R$ 560 bilhões (Ullstein bild/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 25 de novembro de 2019 às 20h11.

Última atualização em 25 de novembro de 2019 às 20h12.

Rio de Janeiro — A produção de petróleo dos 17 contratos de partilha, estabelecidos para campos no pré-sal, alcançará um pico de 3,9 milhões de barris por dia em 2031, de acordo com estudo feito pela área de Planejamento Estratégico da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA) divulgado nesta segunda-feira.

Isso se compara a uma produção total nacional média de petróleo de 2,9 milhões de barris por dia em setembro de 2019, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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O estudo, elaborado pela PPSA — estatal que representa a União nos contratos de partilha —com a colaboração da Agência epbr, considera os 14 contratos de partilha já assinados anteriormente pela PPSA com petroleiras e outros três negociados em leilões neste ano e que serão concretizados em 2020.

O levantamento apontou ainda que em 2032 a parcela projetada para o governo atingirá seu pico, com 1,2 milhão de barris por dia de petróleo, considerando-se as alíquotas de volume de excedente em óleo oferecidos à União nos 17 contratos.

Nos contrato de partilha de produção, parte do óleo é destinada à União, conforme o estabelecido nos leilões.

Para se chegar ao pico de produção em 2031, os investimentos da cadeia produtiva de óleo e gás natural deverão somar 560 bilhões de reais ao longo do período analisado pelo estudo.

Do montante total, 196 bilhões de reais serão empenhados na aquisição de plataformas de produção, 168 bilhões de reais na instalação de sistemas submarinos e 196 bilhões de reais na perfuração de poços.

De acordo com estimativas do estudo, os consórcios que integram os 17 contratos irão perfurar, até 2032, 474 poços e adquirir 474 árvores de natal molhadas, 28 navios plataformas do tipo FPSO e 2500 quilômetros de linhas submarinas.

Arrecadação

Para o período de 2020 a 2032, o estudo da PPSA estima uma receita total de R$ 2,3 trilhões com a comercialização do óleo e gás produzido pelos contratos de partilha em questão, sendo que a parcela prevista para a União, a ser comercializada pela estatal, será de 424 bilhões de reais.

A parcela da União, segundo a PPSA, varia em função do percentual de excedente em óleo da União oferecido pelos consórcios para cada bloco.

"Dos 17 contratos, Sudoeste de Tartaruga Verde é o que tem a menor alíquota (10,01%), enquanto Entorno de Sapinhoá é o contrato com maior excedente (80%)", disse a empresa.

Além dos volumes a serem arrecadados com a venda de petróleo pelo governo, a PPSA prevê que os 17 contratos de partilha contribuirão com a arrecadação de 349 bilhões de reais em royalties para a União, Estados e municípios, além de mais 227 bilhões de reais em impostos ao governo federal.

Somadas, estas parcelas resultarão em 1 trilhão de reais em participações governamentais até 2032, pontuou a empresa.

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