O Copom baixou o juros, mas o corte passou raspando, diz o relatório semanal do banco Lloyds TSB. A decisão de reduzir os juros de 19% para 18,75% ao ano veio apertada, afirma o Lloyds, com cinco votos a favor e três contra. O corte não podia deixar de surpreender o mercado, pois sinaliza uma clara mudança nos rumos do Banco Central e abre espaço para novos cortes de juros, com uma inflação para 2002 superior ao centro da meta prevista anteriormente de 3,5%. Para os analistas do Lloyds, a nova meta pode ficar entre 4% e 4,5% no ano.

O banco também se diz decepcionado com o crescimento de apenas 1,5% do PIB brasileiro em 2001 (a aposta do Lloyds era de 1,7%), mas otimista com as expectativas positivas de Alan Greenspan, o presidente do Federal Reserve (o BC americano) para a economia americana e com a melhora da classificação do Brasil pela agência Moodys. Além de tratar desses desdobramentos de anúncios econômicos da semana, o documento do Lloyds traz ainda as perspectivas para a economia dos países latino-americanos, com destaque para a Argentina.

Leia o relatório do Lloyds TSB na íntegra.