Exame Logo

Amorim defende importância política do G-20

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta sexta-feira (12/12) que, apesar dos interesses individuais, há grande unidade nas posições do G-20, grupo de países em desenvolvimento que se formou sob a coordenação do Brasil para defender interesses comuns na Organização Mundial do Comércio (OMC). Embora cada país tenha seus próprios interesses e alianças […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h26.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta sexta-feira (12/12) que, apesar dos interesses individuais, há grande unidade nas posições do G-20, grupo de países em desenvolvimento que se formou sob a coordenação do Brasil para defender interesses comuns na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Embora cada país tenha seus próprios interesses e alianças com outros grupos, há uma grande unidade nas posições. O essencial é a concordância de que não se pode perder o ativo político que o G-20 já representa e sua capacidade de atuar tanto com países desenvolvidos quanto com os em desenvolvimento , afirmou.

Amorim fez a declaração antes de entrar para a reunião desta manhã do G-20, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O encontro é o primeiro desde a fracassada reunião da OMC em Cancún, em setembro, e é uma tentativa de afinar o discurso dos países em desenvolvimento para o Conselho da OMC que ocorre na próxima semana, em Genebra, na Suíça.

De acordo com Celso Amorim, a presença do diretor-geral da OMC no encontro aqui no Brasil, Supachai Panitchpakdi, e do Comissário da União Européia para Comércio Exterior, Pascal Lamy,demonstram a força do G-20.

Veja também

Amorim acredita que as várias tentativas dos países ricos de minar o grupo só prejudicam as já delicadas negociações com a OMC. Qualquer tentativa de dividir o G-20 ou apontá-lo como um grupo que obstrui a pauta, o que não é verdade, uma vez que estamos propondo alternativas, está fadada a trazer efeitos negativos , disse. O G-20 é hoje um interlocutor indispensável para levarmos adiante essa rodada da OMC.

O chanceler disse que o grupo luta para rever as regras da OMC porque muitas vezes elas dão margem para compensações que permitem que, ao haver queda no subsídio de um produto, seja elevado o subsídio dado a outro. Teoricamente, a União Européia cumpriu com todas as obrigações que assumiu na rodada do Uruguai. No entanto, o total dos subsídios aumentou , disse.

Quanto à queda da sobretaxa do aço importado pelos Estados Unidos, Amorim a classificou como importante, mas disse que deve ser vista com cautela. Sem dúvida o fato de os Estados Unidos, ou de qualquer outro país, seguirem a orientação dada pela OMC é positivo para a organização e para o sistema multilateral, mas é um caso único e não devemos tirar uma dedução geral.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame