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América Latina está mais pobre, apesar de a economia crescer

A América Latina vive um boom em sua economia. Os preços crescentes das commodities provocaram um aumento importante no Produto Interno Bruto (PIB) dos países da região, graças à surpreendente demanda da China. A violência política também praticamente desapareceu. As moedas nacionais estão estáveis, e as taxas de juros dos Estados Unidos tornaram os financiamentos […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h47.

A América Latina vive um boom em sua economia. Os preços crescentes das commodities provocaram um aumento importante no Produto Interno Bruto (PIB) dos países da região, graças à surpreendente demanda da China. A violência política também praticamente desapareceu. As moedas nacionais estão estáveis, e as taxas de juros dos Estados Unidos tornaram os financiamentos baratos. O PIB da região cresceu uma média de 4% nos últimos três anos, praticamente três vezes a média dos anos 90. Apesar disso, os latino-americanos estão ficando cada vez mais pobres.

Em reportagem publicada pelo americano The Wall Street Journal nesta segunda-feira (12/4), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) diz que o número de pobres na região é maior do que há dez anos. O BID estima pelo menos 20 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza desde 1997. "Na última década, os governos da América Latina e do Caribe aumentaram as despesas sociais per capita em 58%", afirmou Enrique Iglesias, presidente da instituição.

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A dívida da América Latina é outro fator preocupante que não pode deixar de ser mencionado nas análises dos números da região. Apesar dos bilhões de dólares oriundos das privatizações, a região registrou uma relação dívida/PIB de 51% em 2002 - que estava em 37% há cinco anos. A taxa de desemprego pulou de 10%, em 1997, para 15%, em 2002. "O fato é que a América Latina entrou em um ritmo espiral de empobrecimento. Quanto mais a região toma empréstimos, mais fica pobre, mais risco os bancos percebem e mais caro fica o capital para financiamento da região. A conseqüência disso é menos investimentos, mais desemprego e uma maior emigração de latino-americanos em busca de oportunidade", diz o jornal.

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