Alta do preço da matéria-prima prejudica desenvolvimento do setor de jóias
O setor nacional de jóias é responsável pela geração de 300 mil empregos no país, incluindo os segmentos de garimpo e lapidação
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2012 às 22h02.
Rio de Janeiro - Composta por 95% de empresas de micro e pequeno porte, a indústria de jóias brasileira apresenta crescimento, “dentro do quadro econômico positivo que a gente está vivendo”, apesar da crise internacional, disse a diretora executiva da Associação dos Joalheiros e Relojoeiros do Estado do Rio (Ajorio), Ângela Andrade.
O setor nacional de jóias é responsável pela geração de 300 mil empregos no país, incluindo os segmentos de garimpo e lapidação. No total, cerca de 12 mil empresas operam no Brasil.
A situação não é diferente no estado do Rio, onde 250 empresas são vinculadas à Ajorio, gerando 25 mil empregos. O setor joalheiro fluminense conta com mil pontos de vendas formalizados no estado e mostra um faturamento estimado em R$ 1,4 bilhão anuais. O crescimento das vendas foi de 10% ao ano, em média, nos dois últimos anos. A projeção de expansão para 2012 foi revista para 5% entretanto, em função da expectativa de desdobramentos da crise econômica internacional no Brasil e da elevação do preço da principal matéria-prima, o ouro, na última década, que encareceu o produto final.
Segundo Ângela Andrade, o quilo do ouro custa atualmente R$ 90 mil, o que é um entrave para o desenvolvimento do setor. A alta do ouro faz com que as empresas, embora de pequeno porte em sua maioria, acabem saindo do sistema tributário Simples Nacional de forma rápida e sejam obrigadas a pagar Imposto sobre Produtos Industrializados, cuja alíquota atinge 12%.
A Ajorio reivindica a equiparação do setor joalheiro aos demais da economia criativa, entre eles moda e confecção, que são isentos do pagamento desse tributo.
A tributação e a alta do preço do ouro levam as empresas a buscar matérias-primas mais baratas, como a prata, e materiais alternativos para a produção de bijuterias. As empresas enfrentam ainda dificuldades em acessar crédito para enfrentar o mercado competitivo, disse Ângela.
O estado do Rio foi o berço da indústria joalheira no país e ocupa atualmente a terceira posição no ranking brasileiro, atrás de São Paulo e Minas Gerais, com 20% da produção. A indústria do Rio se destaca por ter um varejo forte, capitaneado por empresas de nível internacional. "Por outro lado, temos uma gama grande de criadores, designers e pequenas empresas, ancoradas nessa indústria criativa, que é forte no Rio”, acrescentou.
Outra vantagem do Rio é ter o maior mercado consumidor nacional. Segundo Ângela Andrade, a população do Rio tem um estilo especial e dá preferência a jóias mais autorais, com destaque para a criatividade e o design das peças. “As jóias, no Rio, expressam a identidade do usuário, suas devoções e crenças”, explicou. O estado é o único da Federação a ter um curso de pós-graduação em design de jóias, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), lembrou.
O número de ateliês de criação de jóias chega a 120 no estado. A diretora do Ajorio lembrou ainda que o grau de informalidade do setor joalheiro vem caindo nos últimos anos de maneira significativa, face “ao trabalho de incentivo à formalização e aos mecanismos de controle do estado, que estão cada vez mais profissionais”. “Para trabalhar bem, você tem que trabalhar dentro da formalidade”, acrescentou.
Rio de Janeiro - Composta por 95% de empresas de micro e pequeno porte, a indústria de jóias brasileira apresenta crescimento, “dentro do quadro econômico positivo que a gente está vivendo”, apesar da crise internacional, disse a diretora executiva da Associação dos Joalheiros e Relojoeiros do Estado do Rio (Ajorio), Ângela Andrade.
O setor nacional de jóias é responsável pela geração de 300 mil empregos no país, incluindo os segmentos de garimpo e lapidação. No total, cerca de 12 mil empresas operam no Brasil.
A situação não é diferente no estado do Rio, onde 250 empresas são vinculadas à Ajorio, gerando 25 mil empregos. O setor joalheiro fluminense conta com mil pontos de vendas formalizados no estado e mostra um faturamento estimado em R$ 1,4 bilhão anuais. O crescimento das vendas foi de 10% ao ano, em média, nos dois últimos anos. A projeção de expansão para 2012 foi revista para 5% entretanto, em função da expectativa de desdobramentos da crise econômica internacional no Brasil e da elevação do preço da principal matéria-prima, o ouro, na última década, que encareceu o produto final.
Segundo Ângela Andrade, o quilo do ouro custa atualmente R$ 90 mil, o que é um entrave para o desenvolvimento do setor. A alta do ouro faz com que as empresas, embora de pequeno porte em sua maioria, acabem saindo do sistema tributário Simples Nacional de forma rápida e sejam obrigadas a pagar Imposto sobre Produtos Industrializados, cuja alíquota atinge 12%.
A Ajorio reivindica a equiparação do setor joalheiro aos demais da economia criativa, entre eles moda e confecção, que são isentos do pagamento desse tributo.
A tributação e a alta do preço do ouro levam as empresas a buscar matérias-primas mais baratas, como a prata, e materiais alternativos para a produção de bijuterias. As empresas enfrentam ainda dificuldades em acessar crédito para enfrentar o mercado competitivo, disse Ângela.
O estado do Rio foi o berço da indústria joalheira no país e ocupa atualmente a terceira posição no ranking brasileiro, atrás de São Paulo e Minas Gerais, com 20% da produção. A indústria do Rio se destaca por ter um varejo forte, capitaneado por empresas de nível internacional. "Por outro lado, temos uma gama grande de criadores, designers e pequenas empresas, ancoradas nessa indústria criativa, que é forte no Rio”, acrescentou.
Outra vantagem do Rio é ter o maior mercado consumidor nacional. Segundo Ângela Andrade, a população do Rio tem um estilo especial e dá preferência a jóias mais autorais, com destaque para a criatividade e o design das peças. “As jóias, no Rio, expressam a identidade do usuário, suas devoções e crenças”, explicou. O estado é o único da Federação a ter um curso de pós-graduação em design de jóias, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), lembrou.
O número de ateliês de criação de jóias chega a 120 no estado. A diretora do Ajorio lembrou ainda que o grau de informalidade do setor joalheiro vem caindo nos últimos anos de maneira significativa, face “ao trabalho de incentivo à formalização e aos mecanismos de controle do estado, que estão cada vez mais profissionais”. “Para trabalhar bem, você tem que trabalhar dentro da formalidade”, acrescentou.