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Ajuda da OCDE bate recorde, mas auxílio aos mais pobres cai

O total da OCDE refere-se ao auxílio dado pelos 28 Estados membros à sua comissão de ajuda ao desenvolvimento

Angel Gurría: "sinto-me encorajado ao ver que a ajuda ao desenvolvimento permanece em alta histórica" (Patrick Kovarik/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 10h42.

Londres - A ajuda dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) atingiu o recorde de 135,2 bilhões de dólares em 2014, mas o auxílio destinado às nações mais pobres manteve o declínio verificado nos últimos anos, disse a entidade nesta quarta-feira.

A OCDE disse que boa parte da queda de 16 por cento em termos reais em ajuda para os mais pobres se deveu à redução excepcionalmente elevada da dívida de Mianmar em 2013, mas, mesmo excluindo o corte da dívida, a ajuda ao desenvolvimento para os países mais pobres caiu 8 por cento.

O total da OCDE refere-se ao auxílio dado pelos 28 Estados membros à sua comissão de ajuda ao desenvolvimento (CAD).

"Sinto-me encorajado ao ver que a ajuda ao desenvolvimento permanece em alta histórica em um momento em que os países doadores ainda estão emergindo da mais dura crise econômica de nossa existência", disse o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, em um comunicado.

"Nosso desafio enquanto finalizamos este ano as metas de desenvolvimento pós-2015 será encontrar maneiras de levar mais dessa ajuda aos países que mais necessitam e garantir que estamos conseguindo o máximo que podemos de cada dólar gasto."

A ajuda bilateral à África Subsaariana em 2014 foi de 25 bilhões de dólares, uma queda de 5 por cento em termos reais em relação a 2013, se os aumentos de preços e movimentos cambiais forem considerados.

A ajuda bilateral é dada diretamente pelos países doadores para os destinatários e equivale a dois terços da assistência oficial total da OCDE ao desenvolvimento.

Uma pesquisa de planos de gastos de doadores até 2018 indicou que a ajuda aos países mais pobres deve ser recuperada ao longo dos próximos anos, depois de vários anos de queda, em linha com a decisão dos países membros de reverter a tendência de declínio, disse a OCDE.

"A ajuda oficial ao desenvolvimento continua a ser crucial para os países mais pobres e temos de inverter a tendência declinante da ajuda aos menos desenvolvidos", disse o presidente do CAD, Eric Solheim.

"Recentemente, ministros da OCDE se comprometeram a fornecer mais ajuda ao desenvolvimento dos países mais necessitados. Agora temos de nos certificar de que cumprirão esse compromisso." A assistência oficial ao desenvolvimento representa mais de dois terços do financiamento externo para os países mais pobres do mundo.

Dos 28 países membros do CAD, novamente a Dinamarca, Luxemburgo, Noruega, Suécia e Grã-Bretanha superaram a meta das Nações Unidas de 0,7 por cento em ajuda em relação à renda nacional.

Treze países aumentaram sua contribuição oficial de assistência ao desenvolvimento em 2014, encabeçados pela Finlândia, Alemanha, Suécia e Suíça.

Quinze países relataram uma queda, tendo à frente Austrália, Canadá, França, Japão, Polônia, Portugal e Espanha.

Os Estados Unidos permaneceram como o maior doador em volume em 2014, com uma contribuição oficial ao desenvolvimento de 32,7 bilhões de dólares, um aumento de 2,3 por cento em termos reais em relação a 2013.

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Londres - A ajuda dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) atingiu o recorde de 135,2 bilhões de dólares em 2014, mas o auxílio destinado às nações mais pobres manteve o declínio verificado nos últimos anos, disse a entidade nesta quarta-feira.

A OCDE disse que boa parte da queda de 16 por cento em termos reais em ajuda para os mais pobres se deveu à redução excepcionalmente elevada da dívida de Mianmar em 2013, mas, mesmo excluindo o corte da dívida, a ajuda ao desenvolvimento para os países mais pobres caiu 8 por cento.

O total da OCDE refere-se ao auxílio dado pelos 28 Estados membros à sua comissão de ajuda ao desenvolvimento (CAD).

"Sinto-me encorajado ao ver que a ajuda ao desenvolvimento permanece em alta histórica em um momento em que os países doadores ainda estão emergindo da mais dura crise econômica de nossa existência", disse o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, em um comunicado.

"Nosso desafio enquanto finalizamos este ano as metas de desenvolvimento pós-2015 será encontrar maneiras de levar mais dessa ajuda aos países que mais necessitam e garantir que estamos conseguindo o máximo que podemos de cada dólar gasto."

A ajuda bilateral à África Subsaariana em 2014 foi de 25 bilhões de dólares, uma queda de 5 por cento em termos reais em relação a 2013, se os aumentos de preços e movimentos cambiais forem considerados.

A ajuda bilateral é dada diretamente pelos países doadores para os destinatários e equivale a dois terços da assistência oficial total da OCDE ao desenvolvimento.

Uma pesquisa de planos de gastos de doadores até 2018 indicou que a ajuda aos países mais pobres deve ser recuperada ao longo dos próximos anos, depois de vários anos de queda, em linha com a decisão dos países membros de reverter a tendência de declínio, disse a OCDE.

"A ajuda oficial ao desenvolvimento continua a ser crucial para os países mais pobres e temos de inverter a tendência declinante da ajuda aos menos desenvolvidos", disse o presidente do CAD, Eric Solheim.

"Recentemente, ministros da OCDE se comprometeram a fornecer mais ajuda ao desenvolvimento dos países mais necessitados. Agora temos de nos certificar de que cumprirão esse compromisso." A assistência oficial ao desenvolvimento representa mais de dois terços do financiamento externo para os países mais pobres do mundo.

Dos 28 países membros do CAD, novamente a Dinamarca, Luxemburgo, Noruega, Suécia e Grã-Bretanha superaram a meta das Nações Unidas de 0,7 por cento em ajuda em relação à renda nacional.

Treze países aumentaram sua contribuição oficial de assistência ao desenvolvimento em 2014, encabeçados pela Finlândia, Alemanha, Suécia e Suíça.

Quinze países relataram uma queda, tendo à frente Austrália, Canadá, França, Japão, Polônia, Portugal e Espanha.

Os Estados Unidos permaneceram como o maior doador em volume em 2014, com uma contribuição oficial ao desenvolvimento de 32,7 bilhões de dólares, um aumento de 2,3 por cento em termos reais em relação a 2013.

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