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AIE vê excesso de petróleo em 2017 sem cortes na Opep

Em seu relatório mensal, o grupo disse que a oferta global subiu em 800 mil barris por dia (bpd) em outubro para 97,8 milhões de bpd

Opep: a IEA, localizada em Paris, manteve sua previsão de crescimento da demanda de 2016 em 1,2 milhão de bpd (Spencer Platt/AFP)
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Reuters

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 16h18.

Londres - O excedente no mercado de petróleo pode entrar em seu terceiro ano em 2017 se não houver um corte de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ( Opep ), enquanto a crescente produção de exportadores ao redor do globo poderia levar a um crescimento implacável de oferta, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta quinta-feira.

Em seu relatório mensal do mercado de petróleo, o grupo disse que a oferta global subiu em 800 mil barris por dia (bpd) em outubro para 97,8 milhões de bpd, liderados pela produção recorde da Opep e pelo crescimento na produção de países de fora da Opep como a Rússia, Brasil, Canadá e Cazaquistão.

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A IEA, localizada em Paris, manteve sua previsão de crescimento da demanda de 2016 em 1,2 milhão de bpd e espera que o consumo aumente no mesmo ritmo no próximo ano, tendo gradualmente desacelerado de um pico de cinco anos de 1,8 milhão de bpd em 2015.

A Opep se reunirá no fim de novembro para discutir uma proposta de corte na produção para uma faixa de 32,5 milhões a 33 milhões de bpd, mas uma discórdia entre membros sobre isenções e níveis de produção criou dúvidas sobre a habilidade do cartel de entregar uma redução significativa.

"Qualquer que seja o resultado, a reunião em Viena terá um grande impacto no eventual --e muito adiado-- reequilíbrio do mercado de petróleo", disse o IEA.

"Se não for alcançado um acordo e alguns membros individuais continuarem a expandir sua produção, então o mercado vai continuar com excedente ao longo do ano, com pouca perspectiva de preços do petróleo subindo significativamente. De fato, se o excedente de oferta persistir em 2017, pode haver algum risco dos preços caírem de novo."

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