Ahmadinejad tenta reforçar laços com China e vê Putin
A visita inclui ainda um encontro em Pequim com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que acontecerá amanhã ou na quinta-feira
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2012 às 16h13.
Teerã - O presidente do Irã , Mahmoud Ahmadinejad, viajou nesta terça-feira à China, um dos últimos aliados de seu país, para consolidar as relações econômicas, que estão em bom nível apesar da pressão internacional, e a recente decisão de Teerã de rejeitar um milionário projeto chinês.
A visita inclui ainda um encontro em Pequim com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que acontecerá amanhã ou na quinta-feira, 12 dias antes de o Irã e as grandes potências se reunirem em Moscou para continuar as negociações sobre o controvertido programa nuclear iraniano.
Segundo Yuri Ushakov, assessor do líder russo em Relações Exteriores, o encontro com Ahmadinejad servirá para que Putin "sinta o calor em torno do problema iraniano e conheça este assunto é encarado no Irã".
"Não estamos muito felizes com os resultados da última rodada de negociações, mas determinados a prosseguir com a discussão", ressaltou o diplomata em entrevista divulgada ontem em Moscou.
Ushakov deu a entender que, durante o encontro na capital russa, seu país promoverá o reconhecimento do direito do Irã de desenvolver a energia atômica para usos pacíficos sempre e quando houver total supervisão internacional.
Várias potências, com os Estados Unidos à frente, acusam o Irã de ocultar, por baixo de seu programa nuclear civil, outro de natureza clandestina e ambições bélicas cujo objetivo seria a aquisição de armamento atômico, alegação que o Irã rejeita plenamente.
Teerã e o denominado 5+1, comissão formada pelos países-membros permanente do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha, retomaram sua negociação há alguns meses, em uma tentativa de avançar nos diálogos e diminuir a tensão bélica.
A visita de Ahmadinejad a Pequim se deve à cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, uma aliança de segurança liderada por China, Rússia e Cazaquistão, da qual o Irã é país observador. A reunião contará com a presença do presidente anfitrião, Hu Jintao, além do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabaodo Afeganistão, Hamid Karzai.
"Vários países participam como observadores nesta cúpula. Nossa cooperação com os países-membros é de alto nível, tanto em questões econômicas como em outros campos", disse Ahmadinejad à agência de notícias iraniana "Isna".
Mas a viagem de Ahmadinejad tem também um destacado teor econômico, fruto das boas relações de Irã e China apesar da decisão de Teerã de rejeitar uma proposta de Pequim para a construção de uma usina hidrelétrica na província de Lorestan. O investimento seria de US$ 2 bilhões.
Segundo o ministro de Energia do Irã, Majid Namyu, "a proposta financeira chinesa foi rejeitada após ter sido revisada na Comissão do governo e no Banco Central".
Em janeiro de 2011, o regime iraniano afirmou que as trocas comerciais com a China quintuplicaram nos últimos dez anos, passando dos US$ 7 bilhões do início da década para os US$ 38 bilhões atuais.
O Irã também anunciou diversas negociações com Pequim para que empresas chinesas assumissem os projetos petroleiros abandonados pelas multinacionais ocidentais e japonesas por causa das sanções internacionais.
Teerã - O presidente do Irã , Mahmoud Ahmadinejad, viajou nesta terça-feira à China, um dos últimos aliados de seu país, para consolidar as relações econômicas, que estão em bom nível apesar da pressão internacional, e a recente decisão de Teerã de rejeitar um milionário projeto chinês.
A visita inclui ainda um encontro em Pequim com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que acontecerá amanhã ou na quinta-feira, 12 dias antes de o Irã e as grandes potências se reunirem em Moscou para continuar as negociações sobre o controvertido programa nuclear iraniano.
Segundo Yuri Ushakov, assessor do líder russo em Relações Exteriores, o encontro com Ahmadinejad servirá para que Putin "sinta o calor em torno do problema iraniano e conheça este assunto é encarado no Irã".
"Não estamos muito felizes com os resultados da última rodada de negociações, mas determinados a prosseguir com a discussão", ressaltou o diplomata em entrevista divulgada ontem em Moscou.
Ushakov deu a entender que, durante o encontro na capital russa, seu país promoverá o reconhecimento do direito do Irã de desenvolver a energia atômica para usos pacíficos sempre e quando houver total supervisão internacional.
Várias potências, com os Estados Unidos à frente, acusam o Irã de ocultar, por baixo de seu programa nuclear civil, outro de natureza clandestina e ambições bélicas cujo objetivo seria a aquisição de armamento atômico, alegação que o Irã rejeita plenamente.
Teerã e o denominado 5+1, comissão formada pelos países-membros permanente do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha, retomaram sua negociação há alguns meses, em uma tentativa de avançar nos diálogos e diminuir a tensão bélica.
A visita de Ahmadinejad a Pequim se deve à cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, uma aliança de segurança liderada por China, Rússia e Cazaquistão, da qual o Irã é país observador. A reunião contará com a presença do presidente anfitrião, Hu Jintao, além do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabaodo Afeganistão, Hamid Karzai.
"Vários países participam como observadores nesta cúpula. Nossa cooperação com os países-membros é de alto nível, tanto em questões econômicas como em outros campos", disse Ahmadinejad à agência de notícias iraniana "Isna".
Mas a viagem de Ahmadinejad tem também um destacado teor econômico, fruto das boas relações de Irã e China apesar da decisão de Teerã de rejeitar uma proposta de Pequim para a construção de uma usina hidrelétrica na província de Lorestan. O investimento seria de US$ 2 bilhões.
Segundo o ministro de Energia do Irã, Majid Namyu, "a proposta financeira chinesa foi rejeitada após ter sido revisada na Comissão do governo e no Banco Central".
Em janeiro de 2011, o regime iraniano afirmou que as trocas comerciais com a China quintuplicaram nos últimos dez anos, passando dos US$ 7 bilhões do início da década para os US$ 38 bilhões atuais.
O Irã também anunciou diversas negociações com Pequim para que empresas chinesas assumissem os projetos petroleiros abandonados pelas multinacionais ocidentais e japonesas por causa das sanções internacionais.