Economia

80,6% das empresas focarão mercado interno em 2013, diz CNI

Apenas 4,7% estão de olho principalmente, ou exclusivamente, no mercado externo


	Indústria brasileira: a melhoria do processo produtivo é a principal meta para o direcionamento de recursos das empresas este ano
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Indústria brasileira: a melhoria do processo produtivo é a principal meta para o direcionamento de recursos das empresas este ano (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília - As empresas brasileiras estão cada vez mais investindo com foco no mercado doméstico, segundo avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com base em pesquisa realizada entre 25 de outubro e 30 de novembro de 2012 com 584 empresas.

Para 2013, 80,6% das empresas que pretendem investir têm como objetivo somente, ou principalmente, o mercado doméstico. Apenas 4,7% estão de olho principalmente, ou exclusivamente, no mercado externo. Conforme a CNI, este patamar relacionado ao mercado internacional é o mais baixo dos últimos 10 anos.

Apesar de a pesquisa sobre investimentos ter apenas quatro anos, a informação era coletada pela Confederação há mais tempo. A CNI salientou que, nos últimos 10 anos, o indicador de difusão do mercado externo foi reduzindo-se continuamente de 35 pontos para 20,5 pontos. O indicador varia de zero a 100 e valores abaixo de 50 refletem foco no investimento voltado para o mercado interno.

Objetivos

Na pesquisa, a CNI ressaltou que a introdução de produtos ganhou importância como objetivo de investir. Mesmo assim, a melhoria do processo produtivo é a principal meta para o direcionamento de recursos este ano: 34,8% de assinalações.

A introdução de processos produtivos perdeu importância nos planos de investimento, passando de 5,2% das respostas em 2012 para 4,3% este ano. O aumento da capacidade produtiva também aparece como razão importante para o investimento, sendo a segunda razão mais apontada pelas indústrias (28,3%).

As duas principais razões para o investimento perderam importância na passagem de 2012 para 2013. A introdução de novos produtos no mercado passou de 15,4% para 18,4%.

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