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As condições de preparo do meu adversário não podem ser desculpas para o meu fracasso

Ser classificado para uma competição esportiva de nível mundial já é um grande feito para qualquer atleta. Quer dizer que ele faz parte da elite do esporte. Entretanto, também percebemos que alguns se apoiam nessa condição para explicarem resultados abaixo da média e justificarem a ausência de medalhas ao fato de que em países mais desenvolvidos os competidores encontram mais suporte para se preparem. Isso é verdade, mas ela não é […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2016 às 17h27.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h32.

Ser classificado para uma competição esportiva de nível mundial já é um grande feito para qualquer atleta. Quer dizer que ele faz parte da elite do esporte. Entretanto, também percebemos que alguns se apoiam nessa condição para explicarem resultados abaixo da média e justificarem a ausência de medalhas ao fato de que em países mais desenvolvidos os competidores encontram mais suporte para se preparem.

Isso é verdade, mas ela não é absoluta. Usain Bolt é um exemplo disso. Desacreditado no início de sua carreira, ele contrariou todas as más previsões em relação ao seu desempenho e hoje o corredor jamaicano é imbatível em sua modalidade.

O queniano Julius Yego, dono da terceira melhor marca no lançamento de dardos, que levou para casa o ouro no Mundial de Atletismo de Pequim em 2015, quase não veio competir no Rio de Janeiro, pois não tinha passagem. Além de passagem, ele também não tem treinador. Aprendeu o esporte graças aos vídeos no Youtube. O problema da passagem foi resolvido e o Mr. Youtube, como é conhecido, está no Brasil em busca de mais uma medalha.

Outro exemplo de superação é a ginasta indiana Dipa Karmakar, que sem nenhum suporte treinava em uma mesa de saltos improvisada com colchões e em um espaço que ficava inundado, cheio de ratos e baratas durante a época das chuvas. Ela é finalista olímpica em 2016.

O que deixa o atleta mais próximo do primeiro lugar é o que ele faz fora dali, tanto do ponto de vista de preparo físico quanto mental. Claro que, mesmo com muito esforço, o pódio pode não vir. Mas atribuir o próprio insucesso às melhores condições de treinamento do adversário definitivamente não é a melhor saída.

Há uma expectativa de que em breve o mercado melhore e a economia volte a engrenar. Nesse momento, estarão no pódio os profissionais que mais se esforçaram para superar a si mesmos durante o período de crise. Nessa trajetória, pode ser que, assim como Diego Hypólito, eles caiam de cara ou de bunda algumas vezes, mas a persistência, a dedicação e a busca pela excelência serão recompensadas no final.

Ser classificado para uma competição esportiva de nível mundial já é um grande feito para qualquer atleta. Quer dizer que ele faz parte da elite do esporte. Entretanto, também percebemos que alguns se apoiam nessa condição para explicarem resultados abaixo da média e justificarem a ausência de medalhas ao fato de que em países mais desenvolvidos os competidores encontram mais suporte para se preparem.

Isso é verdade, mas ela não é absoluta. Usain Bolt é um exemplo disso. Desacreditado no início de sua carreira, ele contrariou todas as más previsões em relação ao seu desempenho e hoje o corredor jamaicano é imbatível em sua modalidade.

O queniano Julius Yego, dono da terceira melhor marca no lançamento de dardos, que levou para casa o ouro no Mundial de Atletismo de Pequim em 2015, quase não veio competir no Rio de Janeiro, pois não tinha passagem. Além de passagem, ele também não tem treinador. Aprendeu o esporte graças aos vídeos no Youtube. O problema da passagem foi resolvido e o Mr. Youtube, como é conhecido, está no Brasil em busca de mais uma medalha.

Outro exemplo de superação é a ginasta indiana Dipa Karmakar, que sem nenhum suporte treinava em uma mesa de saltos improvisada com colchões e em um espaço que ficava inundado, cheio de ratos e baratas durante a época das chuvas. Ela é finalista olímpica em 2016.

O que deixa o atleta mais próximo do primeiro lugar é o que ele faz fora dali, tanto do ponto de vista de preparo físico quanto mental. Claro que, mesmo com muito esforço, o pódio pode não vir. Mas atribuir o próprio insucesso às melhores condições de treinamento do adversário definitivamente não é a melhor saída.

Há uma expectativa de que em breve o mercado melhore e a economia volte a engrenar. Nesse momento, estarão no pódio os profissionais que mais se esforçaram para superar a si mesmos durante o período de crise. Nessa trajetória, pode ser que, assim como Diego Hypólito, eles caiam de cara ou de bunda algumas vezes, mas a persistência, a dedicação e a busca pela excelência serão recompensadas no final.

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