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Está chegando o dia em que abandonamos as resoluções de Ano Novo

Fique atento: existe um dia específico de janeiro em que mais pessoas desistem de suas metas

 (junce/Getty Images)
(junce/Getty Images)
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Sofia Esteves

Publicado em 17 de janeiro de 2022 às, 14h39.

Última atualização em 19 de janeiro de 2022 às, 11h44.

Pode soar estranho, mas existe uma data para isso. Sim, para aquele momento de desânimo em que uma e outra meta vão ficando no meio do caminho. É que, de acordo com uma pesquisa conduzida pela plataforma Strava, a maioria das pessoas começa a desistir das suas resoluções de Ano Novo lá pelo dia 19 de janeiro — o que foi batizado como “Quitter’s Day”.

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Compartilho essa informação não como uma sentença, como se todos estivessem destinados a abandonar seus desejos e objetivos daqui a alguns dias, mas porque esse dado me inspirou algumas reflexões.

Além de, claro, chamar muito a atenção o fato das resoluções serem esquecidas logo no primeiro mês do ano.

Afinal, o que faz com que alguém deixe de lado sua lista de resoluções e, ainda por cima, tão rapidamente?

Fiquei com essa pergunta na cabeça e comecei a pensar sobre algumas possibilidades aplicadas à carreira, que é o nosso foco aqui. Uma hipótese pode ter a ver com o tempo. Mais especificamente, com a expectativa de que algo será alcançado dentro de um prazo menor do que acontece na realidade.

Muitas pessoas começam o ano com a meta de mudar de emprego ou mesmo de área de atuação, por exemplo, e imagino que pode ser frustrante constatar que o alcance desse objetivo não depende única e exclusivamente de você. E que, portanto, a resolução pode levar mais tempo do que o “planejado”.

Ainda que a rede de networking seja acionada, que o currículo esteja atualizado e que o talento fique de olho nas vagas, existe um contexto influenciando a disponibilidade de um determinado posto de trabalho. O cenário econômico e a demanda em algumas áreas de atuação vão interferir nesta jornada que pode ser mais longa do que imaginado inicialmente.

Se o tempo é um dos fatores que o desmotiva, meu conselho é: não desista. Não é porque algo não acontece na nossa hora que não vale a pena esperar e persistir.

Outra possibilidade para o que eu vou chamar de “desistência prematura” é o grau de dificuldade. É comum que, na empolgação de fim de ano, sejamos audaciosos e tracemos metas realmente desafiadoras.

Isso, em si, não é um problema. A questão é quando criamos uma expectativa pouco realista em relação à jornada, subestimamos a complexidade daquele sonho, simplificamos o planejamento das etapas e, aí, nos frustramos no primeiro tropeço.

Mais do que traçar metas, o que você precisa é traçar planos. Do contrário, você apenas estará criando uma lista de desejos e "torcendo" para que ela seja realizada como em um passe de mágica.

Para evitar o "abandono" de resoluções prematuramente, entenda quais passos fazem parte daquele objetivo.

O que será necessário fazer para cumprir determinado propósito de carreira, quais profissionais podem aconselhá-lo e orientá-lo, o que deverá ser aprendido, quais habilidades precisarão ser desenvolvidas, enfim, qual será o caminho a percorrer.

Outro item que acrescentaria nessa lista do que leva alguém a deixar uma meta de lado é a ilusão da onipotência. Calma, eu explico.

Como já comentei em alguns artigos, uma jornada de carreira bem-sucedida é aquela que é compartilhada: um caminho percorrido ao lado de pessoas que admiramos e confiamos. Eu mesma tive grandes mentores me apoiando e também tive o privilégio de mentorar diversos talentos.

É essa capacidade de nos cercar de profissionais incríveis, de saber escutar, de pedir ajuda e de ter humildade para aprender com os outros que nos leva longe. Tudo isso junto vai ajudá-lo também a alcançar seus objetivos de carreira.

Achar que você deve fazer absolutamente tudo sozinho (porque, afinal, a resolução de Ano Novo é sua) pode ser fonte de grande frustração quando os momentos difíceis chegarem — e eles, veja bem, fazem parte do desafio.

Provavelmente, em certas ocasiões ao longo de 2022, você terá dúvidas, encontrará obstáculos e se sentirá cansado, mas, com as pessoas certas ao seu lado, conseguirá ter força para seguir em frente.

Com certeza, existem mais razões para o “abandono” das metas de Ano Novo e, talvez, antes de deixar de lado as suas resoluções, você deveria refletir sobre o que está fazendo-o desistir.

Tão importante quanto criar uma lista com os nossos sonhos e ir atrás deles, é entender o que pode nos impedir de chegar lá para, assim, saberemos contornar essas pedras no meio do caminho.

Uma vez identificada a fonte do seu desânimo, tenho certeza que você conseguirá seguir em frente e não entrar na estatística do dia 19 de janeiro.

Que você tenha uma excelente jornada em 2022 e que todos os seus objetivos sejam alcançados!

 

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