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Creator Economy: a revolução que está movendo a cultura e os mercados

As marcas já perceberam o poder dos criadores de conteúdo e entenderam que para desenvolver uma estratégia assertiva, precisam incluir ações com influencers

É muito comum encontrar pessoas que não acreditam na revolução que a Creators Economy tem causado na cultura e no mercado (Westend61/Getty Images)
É muito comum encontrar pessoas que não acreditam na revolução que a Creators Economy tem causado na cultura e no mercado (Westend61/Getty Images)
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Rapha Avellar

Publicado em 29 de novembro de 2021 às, 14h14.

O mercado de criadores de conteúdo não poderia estar mais aquecido! As marcas já perceberam o poder desses creators e entenderam que não existe mais a opção de desenvolver uma estratégia assertiva, sem antes considerar qual ação será feita com influencers. Por outro lado, 50 milhões de pessoas em todo o mundo se consideram criadores de conteúdo. E, ainda assim, é muito comum encontrar pessoas que não acreditam na revolução que a Creators Economy têm causado na cultura e no mercado. 

Mas, se contra fatos não há argumentos, vamos a eles! Um levantamento da CB INsights apontou que a Creators Economy movimentou US$1,3 bilhão somente em 2021. Além disso, observando os números dos outros anos, o crescimento anual foi de pouco mais de 30% de 2020 para cá. Assim, se seguirmos a tendência que esses dados nos apontam é possível afirmar que teremos resultados ainda mais extraordinários em 2022, certo? Ou seja, não há o que se discutir, é preciso aceitar, entender e, principalmente, aplicar!

A internet criou inúmeras possibilidades para que os criativos pudessem rentabilizar a sua expertise. Com as redes sociais, ficou fácil se comunicar com a sua comunidade de maneira mais assertiva, seja por meio de posts no Facebook, enquetes nos stories do Instagram, lives pelo Youtube, etc. O fato é que hoje as opções são muitas e o potencial é estrondoso. Para se ter uma ideia, uma das plataformas mais em alta no universo dos Creators tem sido a Twitch. Por lá,  pessoas do mundo inteiro fazem transmissões ao vivo permitindo interação do público e construção de comunidades engajadas. 

As lives no Twitch são flexíveis para trazer a tona pauta de diversas áreas, e esse é um  dos motivos que fez a plataforma ter tracionado tantas oportunidades nos últimos anos. Além das transmissões de e-sports, gameplays, alguns usuários apostaram em DJ set’s, rodas de leitura e até conteúdos ao vivo na rua. Na plataforma, é possível reunir milhares de fãs, interagir diretamente com eles e ainda monetizar seu conteúdo com as “subs” -  que é basicamente a inscrição em determinado canal. Há também os “donates”, que  são doações em dinheiro para o creator feitas por seus seguidores. 

O fato é que o mercado está ganhando cada vez mais maturidade. O que antes era visto somente como entretenimento, hoje por outro lado, está tomando proporções financeiras enormes e criando oportunidades de negócios reais, transformadores e altamente rentáveis. Os influencers são mais que parceiros das empresas, agora eles têm o poder de co-criar com elas, serem sócios ou irem ainda mais longe e fundar a sua própria marca, como alguns cases que temos visto no Brasil e no mundo.

Para você ter uma ideia do que estou querendo dizer aqui, algumas marcas já descobriram o caminho e, atualmente, temos diversos cases de personalidades que representam empresas por meio de parcerias e também de grandes criadores de conteúdo ou artistas que passaram a participar ativamente da construção e do desenvolvimento destas marcas. É o caso da Julia Petit com a Sallve e da Anitta com o Nubank, por exemplo. Elas se tornaram chave fundamental no elo entre empresas e consumidores e assim, conquistam um retorno incrível.

No futuro, que na verdade já é o presente, as marcas vão, não só inserir os creators em sua estratégia e cocriar com eles, mas também transformar a atenção que eles têm do público em ativos e criar marcas. Temos presenciado o crescimento de marcas ligadas à creators nos últimos anos, como por exemplo podemos citar a Kylie Jenner com sua linha de cosméticos vendida para a Coty Inc, ou no Brasil, um exemplo emblemático é a ByNV, marca de moda fundada pela Nati Vozza, que foi adquirida pelo Grupo SOMA. Recentemente o grupo afirmou que a marca já responde por 10% da receita da empresa, apesar de apenas 2% das lojas físicas do Grupo SOMA serem ByNV. Ou seja, é a força do digital cada vez mais evidente.

Por isso, é essencial estarmos muito atentos às próximas movimentações do mercado. Só assim conseguiremos entender como funciona essa engrenagem. Até porque a Creators Economy está em constante expansão e evolução e promete transformar o mercado como um todo. Quer dizer, na verdade já está revolucionando. Mas precisamos acompanhar, com muita atenção, os próximos capítulos dessa nova história que já começamos a escrever.

Sobre Rapha Avellar

Rapha Avellar é um empreendedor em série e fundador da Adventures, primeira Brandtech da América Latina e uma das mais promissoras startups do país, que está criando o maior ecossistema de marcas nativas digitais das Américas. Antes disso, criou uma das empresas de mídia de crescimento mais rápido no Brasil antes da Adventures e levou a empresa da família de uma receita de R$ 3 milhões para R$ 30 milhões em 5 anos. Líder nato, comanda mais de 300 pessoas na Adventures e tem um histórico impressionante em negócios de crescimento rápido, acumula mais de 500 mil seguidores e milhões em alcance mensal em todas as mídias sociais, sendo um dos líderes mais influentes em marketing e empreendedorismo de sua geração. Além disso, conta com mais de 1 milhão de plays em seus podcasts, The CMO Playbook e Nas Trincheiras.