Uma indenização milionária

Pouco depois de ser demitido do comando da telefônica Oi, em janeiro, o executivo Francisco Valim decidiu processar a empresa em busca de uma indenização milionária. Multimilionária, para ser mais preciso. Ele queria receber 200 milhões de reais por ter tido o contrato rescindido. A batalha, no entanto, não começou bem. Para preparar seu ataque, Valim procurou o escritório do advogado carioca Sérgio Tostes, que apresentou a ele um parecer dizendo que a chance de vitória existia — e dando o caminho das pedras. Passados alguns meses, Tostes perguntou se o executivo, afinal, contrataria o escritório; caso contrário, que pagasse os honorários pelo parecer. Valim disse que não pagaria. O advogado, então, entrou na Justiça para cobrá-lo. No dia 20 de maio, os lados entraram em um acordo e encerraram o processo. Enquanto brigava com seu advogado, Valim optava por buscar uma solução negociada com os controladores da Oi. O acordo ainda não saiu. Valim disse que o problema com o advogado tratou-se de um “descuido” e não comentou sobre o pedido de indenização. Tostes e a Oi não comentaram as informações.
(Com reportagem de João Werner Grando)