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Um petista com Sérgio Moro

Governador reeleito do Ceará, Camilo Santana (PT), apoia o pacote anticrime proposto pelo ministro da Justiça

Ônibus incendiado no Ceará: para o governador Camilo Santana (PT), num enfrentamento o policial não se pode esperar o bandido atirar primeiro | Alex Gomes/AFP /  (Alex Gomes/AFP)
Ônibus incendiado no Ceará: para o governador Camilo Santana (PT), num enfrentamento o policial não se pode esperar o bandido atirar primeiro | Alex Gomes/AFP / (Alex Gomes/AFP)
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Primeiro Lugar

Publicado em 14 de fevereiro de 2019 às, 05h10.

Última atualização em 9 de março de 2019 às, 13h01.

Após um começo de ano que nenhum governador gostaria de ter, com cerca de 300 ataques criminosos e 476 presos até o fim de janeiro, o governador reeleito do Ceará, Camilo Santana (PT), defende respostas duras aos criminosos. Não por acaso, o petista apoia o pacote anticrime proposto pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, incluindo pontos considerados polêmicos, como regras mais flexíveis para policiais que matam em serviço. Seu partido soltou uma nota de repúdio ao projeto. “Não podemos admitir que um policial esteja em um enfrentamento e tenha de esperar um bandido atirar primeiro”, afirmou o governador a EXAME.

O projeto foi enviado ao Congresso Nacional e precisa ser aprovado em até quatro comissões antes de seguir para a apreciação do presidente Jair Bolsonaro. Camilo Santana ressalta, porém, que a melhor forma de combater a violência é por meio da educação e da diminuição das desigualdades sociais. Em temas econômicos, o governador também caminha junto com propostas do governo Jair Bolsonaro, como a impopular e necessária reforma da Previdência. Por isso, Santana defende que o PT não faça oposição por oposição no Congresso. “É preciso avaliar as propostas com discernimento e fazer uma oposição construtiva. Todos os governadores do PT são favoráveis à reforma da Previdência”, diz.

Entre os pontos que ele discorda está o pagamento de benefícios abaixo do salário mínimo. “Não se pode tirar dos mais pobres, mas é necessário resolver um dos maiores gargalos da economia.”