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O governo angolano pode salvar a Agrenco?

A Agrenco, que nas últimas semanas viu sob ameaça seu plano de recuperação judicial (veja nota postada às 08h16) pode ser salva pelo governo angolano. E-mails enviados pelo ex-presidente do conselho de administração da Agrenco Edgard Mansur Salomão, então representante dos acionistas minoritários da empresa, descreve negociações que envolveriam o próprio Salomão, Antonio Iafelice, ex-controlador da Agrenco, Marcelo Vecchia, sócio da construtora Mello Júnior, e representantes do governo de Angola. […] Leia mais

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Primeiro Lugar

Publicado em 24 de novembro de 2011 às, 15h46.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h43.

A Agrenco, que nas últimas semanas viu sob ameaça seu plano de recuperação judicial (veja nota postada às 08h16) pode ser salva pelo governo angolano. E-mails enviados pelo ex-presidente do conselho de administração da Agrenco Edgard Mansur Salomão, então representante dos acionistas minoritários da empresa, descreve negociações que envolveriam o próprio Salomão, Antonio Iafelice, ex-controlador da Agrenco, Marcelo Vecchia, sócio da construtora Mello Júnior, e representantes do governo de Angola. De acordo com as mensagens, o governo angolano estaria interessado em investir 400 milhões de dólares na Agrenco. Vecchia tem negócios em Angola e teria contatos com o presidente do país, José Eduardo dos Santos.

O plano comentado nos e-mails enviados por Salomão prevê, além do aporte do dinheiro angolano, uma estratégia pra convencer os credores da empresa, em sua maioria grandes bancos, que teriam cerca de 1 bilhão de reais a receber. Pelo plano comentado, os administradores da Agrenco fariam uma proposta aos credores da empresa que, sempre segundo os e-mails disparados por Salomão, teria mínimas chances de ser aceita. Pela proposta, os credores receberiam apenas 10% do valor da dívida em um prazo longo. O objetivo com isso, segundo os e-mails, seria ganhar tempo para que a negociação com os angolanos pudesse ser finalizada.  A proposta dos angolanos seria a de pagar os mesmos 10%, mas à vista. De acordo com o e-mail de Salomão, as chances de os credores aceitarem seria grande.

Procurado, Salomão não quis se pronunciar sobre o assunto. Vecchia e Iafelice não foram encontrados.