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Denúncia na CVM contra acionistas da Vanguarda

A venda de uma grande quantidade de ações da companhia Vanguarda Agro no mês passado deverá resultar em um processo de investigação de uso de informações privilegiadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra dois de seus maiores acionistas, os empresários e investidores Hélio Seibel e Otaviano Pivetta. O conselheiro fiscal da Vanguarda Juliano Malara protocolou ontem um pedido de investigação sobre a movimentação de negócios de ambos com papéis […] Leia mais

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Primeiro Lugar

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às, 09h59.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 13h41.

A venda de uma grande quantidade de ações da companhia Vanguarda Agro no mês passado deverá resultar em um processo de investigação de uso de informações privilegiadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra dois de seus maiores acionistas, os empresários e investidores Hélio Seibel e Otaviano Pivetta. O conselheiro fiscal da Vanguarda Juliano Malara protocolou ontem um pedido de investigação sobre a movimentação de negócios de ambos com papéis da empresa durante períodos de vedação de negociações.

Seibel, que é acionista controlador de empresas como Leo Madeiras, Leroy Merlin e Duratex, além de ser sócio da consultoria Black Wood, teria vendido 14,5 milhões de ações no dia 14 de novembro. A informação foi fornecida pelo próprio presidente da Vanguarda, Bento Moreira Franco, depois de um questionamento de Malara. Esse movimento, que representou metade das negociações com o papel no dia, foi realizado poucas horas antes da divulgação dos resultados da companhia no trimeste, que apontou prejuízo de 70 milhões de reais. Pela Lei das SA e pelas normas da empresa, pessoas com acesso a informações privilegiadas como executivos, conselheiros e acionistas que os nomearam não poderiam vender ou comprar ações no período de 28 de outubro até 14 de novembro. Seibel nomeou a presidente do conselho, Katia Costa.

O volume negociado no dia foi bastante superior a media dos 30 pregões anteriores, de aproximadamente 20 milhões de ações. A cotação no dia 14 de novembro foi de 0,59 real por ação. Ontem, o valor foi de 0,40 real.

Já Pivetta, maior acionista individual da Vanguarda, teria vendido pouco mais de 7 milhões de ações no dia 5 de dezembro. A data faz parte de outro período de vedação de negócios, que se encerrou no dia 8 deste mês, por conta de negociações de venda de usinas da Vanguarda.

Procurados, Seibel e Pivetta não retornaram as ligações da coluna.