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De olho nos juros baixos, corretora Mirae se empolga com o Brasil

A corretora sul-coreana Mirae está otimista em conseguir investidores devido à pouca atratividade dos juros da renda-fixa

Mirae: novo presidente da corretora no Brasil, senhor Jisang Yoo (Germano Lüders/Exame)
Mirae: novo presidente da corretora no Brasil, senhor Jisang Yoo (Germano Lüders/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 19 de dezembro de 2019 às, 05h40.

Última atualização em 19 de dezembro de 2019 às, 10h33.

Desde 2008 operando no Brasil como corretora de valores e gestora de investimentos, a Mirae, maior instituição financeira da Coreia do Sul, várias vezes se empolgou com o potencial do mercado brasileiro e viu suas expectativas frustradas pelos voos de galinha da economia.

Agora, porém, sente que o país tem condições de sustentar um crescimento sólido por causa da redução da taxa básica de juro ao menor nível da história: a Selic foi cortada em dezembro para 4,5% ao ano. “A Mirae viveu seu avanço mais rápido na Coreia depois da crise asiática, no final dos anos 90, quando os juros caíram de 30% para 6%”, diz Jisang Yoo, presidente local da instituição.

Esperando ganhar o mesmo impulso no Brasil, a Mirae está fazendo sua maior aposta por aqui. Acaba de mudar para um novo escritório na Avenida Brigadeiro Faria Lima, coração financeiro de São Paulo, com área de 1.500 metros quadrados, o dobro da anterior.

E tem no caixa 300 milhões de reais para expandir a atuação. Competindo com gigantes locais, como a XP Investimentos, que abriu o capital na bolsa americana Nasdaq em dezembro e está valendo 20 bilhões de dólares, a Mirae pretende ganhar os clientes brasileiros oferecendo um portfólio internacional. “O investidor local que precisa diversificar pode ter acesso ao mercado asiático ou ao americano, por exemplo”, diz Jisang. A briga pelos 150 000 investidores que têm chegado à bolsa B3 todo mês continua esquentando.