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Com coronavírus, clima na China está bem longe do normal

Os impactos econômicos para o país, e para seus parceiros comerciais, continuam incertos

Fábrica da Marcopolo:   unidade brasileira não sentiu o impacto |  Germano Lüders /  (Germano Lüders/Exame)
Fábrica da Marcopolo: unidade brasileira não sentiu o impacto | Germano Lüders / (Germano Lüders/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 13 de fevereiro de 2020 às, 05h35.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2020 às, 10h24.

Depois de quase duas semanas de feriado estendido para tentar conter a disseminação do coronavírus, os trabalhadores chineses voltaram ao batente na segunda semana de fevereiro. Mas o clima está longe do normal, aumentando as preocupações das empresas brasileiras que têm um relacionamento comercial próximo com o país.

De janeiro a novembro de 2019, as importações brasileiras de produtos manufaturados da China atingiram 32,08 bilhões de dólares, alta de 0,9% em relação a igual período do ano anterior. Se a crise continuar, segmentos importantes da indústria brasileira podem ficar desabastecidos.

No eletroeletrônico, que inclui os fabricantes de celulares e computadores, 42% dos componentes importados vêm da China, o equivalente a 7,5 bilhões de dólares em 2019.

Companhias brasileiras que têm unidades em território chinês adotaram uma postura cautelosa. A gaúcha Marcopolo, que emprega 200 chineses em sua fábrica de peças para ônibus em Changzhou, perto de Xangai, decidiu manter a unidade fechada até março, seguindo recomendação do governo local. O número de mortes causadas pela epidemia ultrapassou 1.000 na China em 11 de fevereiro.

Os impactos econômicos para o país, e para seus parceiros comerciais, continuam incertos. Previsões pessimistas calculam que o PIB chinês avançará apenas 1% no primeiro trimestre.