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Um dilúvio de paranoia conservadora

Muitas pessoas estão se divertindo com a insistência de Rush Limbaugh em seu programa de rádio sobre como os alertas a respeito do Furacão Irma eram um plano liberal, parte de um grande complô para assustar as pessoas sobre as mudanças climáticas, assim como um jeito de aumentar as vendas de baterias e garrafas de […]

FURACÃO IRMA, NA FLÓRIDA: o hábito de acusar qualquer pessoa que diga ou faça alguma coisa do qual ela não goste de ter motivações sinistras é generalizado na direita / Carlos Barria/Reuters
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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2017 às 10h30.

Muitas pessoas estão se divertindo com a insistência de Rush Limbaugh em seu programa de rádio sobre como os alertas a respeito do Furacão Irma eram um plano liberal, parte de um grande complô para assustar as pessoas sobre as mudanças climáticas, assim como um jeito de aumentar as vendas de baterias e garrafas de água. (Ele esvaziou sua mansão de Palm Beach logo depois.)

Mas vocês estão perdendo o ponto de vista se vocês acham que isso é coisa do Sr. Limbaugh. Teorias conspiratórias malucas sobre as mudanças climáticas não são uma aberração da direita, são a regra. Quase toda veterano envolvido nas políticas de energia e ambiental no governo Trump é um negacionista das mudanças climáticas, e a maioria deles já manifestou o ponto de vista de que a ciência é uma fraude.

E nesse caso o presidente Trump não está passando por cima da elite republicana: Essas pessoas são a elite do partido.

Não é só a mudança climática. O hábito de acusar qualquer pessoa que diga ou faça alguma coisa do qual ela não goste de ter motivações sinistras é generalizado na direita. Pegue como exemplo o colunista George Will, que, a seu favor, é hoje um sólido antitrumpista.

Não vamos esquecer a declaração dele de 2011, de que os progressistas não gostam de trens porque eles fornecem transporte eficaz. Não, a verdadeira razão para a paixão dos progressistas por trens é “o objetivo deles de diminuir o individualismo dos americanos para assim torná-los mais receptivos ao coletivismo”, escreveu o Sr. Will na Newsweek.

Ou então considere o congressista Paul Ryan e Johhn Taylor, professor de economia de Stanford, atacando a política de flexibilização quantitativa do Federal Reserve em 2010, e garantindo que o objetivo dela não era estimular uma economia fraca. Nada disso, tinha tudo a ver com ajudar o presidente Obama: “Isso parece demais com uma tentativa de tirar de apuros a política fiscal, e iniciativas assim colocam a independência do Fed em dúvida”, os Srs. Ryan e Taylor escreveram em um artigo para o Investor’s Business Daily. (Isso foi lá atrás, quando os republicanos fingiam se importar com déficits.)

O Sr. Limbaugh dá um bom saco de pancadas, tanto por causa de seu jeito em geral grotesco e porque sua fuga pessoal da Flórida oferecem a piada perfeita. Mas o estilo paranoico nos debates políticos é algo basicamente universal na direita moderna.

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Muitas pessoas estão se divertindo com a insistência de Rush Limbaugh em seu programa de rádio sobre como os alertas a respeito do Furacão Irma eram um plano liberal, parte de um grande complô para assustar as pessoas sobre as mudanças climáticas, assim como um jeito de aumentar as vendas de baterias e garrafas de água. (Ele esvaziou sua mansão de Palm Beach logo depois.)

Mas vocês estão perdendo o ponto de vista se vocês acham que isso é coisa do Sr. Limbaugh. Teorias conspiratórias malucas sobre as mudanças climáticas não são uma aberração da direita, são a regra. Quase toda veterano envolvido nas políticas de energia e ambiental no governo Trump é um negacionista das mudanças climáticas, e a maioria deles já manifestou o ponto de vista de que a ciência é uma fraude.

E nesse caso o presidente Trump não está passando por cima da elite republicana: Essas pessoas são a elite do partido.

Não é só a mudança climática. O hábito de acusar qualquer pessoa que diga ou faça alguma coisa do qual ela não goste de ter motivações sinistras é generalizado na direita. Pegue como exemplo o colunista George Will, que, a seu favor, é hoje um sólido antitrumpista.

Não vamos esquecer a declaração dele de 2011, de que os progressistas não gostam de trens porque eles fornecem transporte eficaz. Não, a verdadeira razão para a paixão dos progressistas por trens é “o objetivo deles de diminuir o individualismo dos americanos para assim torná-los mais receptivos ao coletivismo”, escreveu o Sr. Will na Newsweek.

Ou então considere o congressista Paul Ryan e Johhn Taylor, professor de economia de Stanford, atacando a política de flexibilização quantitativa do Federal Reserve em 2010, e garantindo que o objetivo dela não era estimular uma economia fraca. Nada disso, tinha tudo a ver com ajudar o presidente Obama: “Isso parece demais com uma tentativa de tirar de apuros a política fiscal, e iniciativas assim colocam a independência do Fed em dúvida”, os Srs. Ryan e Taylor escreveram em um artigo para o Investor’s Business Daily. (Isso foi lá atrás, quando os republicanos fingiam se importar com déficits.)

O Sr. Limbaugh dá um bom saco de pancadas, tanto por causa de seu jeito em geral grotesco e porque sua fuga pessoal da Flórida oferecem a piada perfeita. Mas o estilo paranoico nos debates políticos é algo basicamente universal na direita moderna.

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