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Possíveis ameaças aos direitos humanos durante referendo no Sudão preocupam entidade

A Anistia Internacional está preocupada com possíveis violações de direitos humanos que possam ocorrer durante a votação da Independência do Sudão. O referendo acontecerá entre 9 e 15 de janeiro. A pesquisadora da entidade, Rania Rajji, que recentemente visitou a região, diz que a preocupação existe devido ao histórico de violações no Sudão. Ela lembra como exemplo as eleições parlamentares e presidencial de abril de 2010, quando foram reportados casos […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 10 de janeiro de 2011 às, 10h46.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 13h24.

A Anistia Internacional está preocupada com possíveis violações de direitos humanos que possam ocorrer durante a votação da Independência do Sudão. O referendo acontecerá entre 9 e 15 de janeiro.

A pesquisadora da entidade, Rania Rajji, que recentemente visitou a região, diz que a preocupação existe devido ao histórico de violações no Sudão. Ela lembra como exemplo as eleições parlamentares e presidencial de abril de 2010, quando foram reportados casos de intimidação e coação.

“No norte, existe o Serviço Nacional de Inteligência, que é conhecido por deter, coagir e intimidar os grupos de oposição e de minorias. E no sul, durante as eleições, fizeram o mesmo com eleitores e membros da oposição”, diz Rajji.

A Anistia também está preocupada que o referendo sobre a independência desvie a atenção da situação em Darfur. “A comunidade internacional está muito focada no referendo, considerando-o uma solução para os direitos humanos no Sudão, mas está enganada. Os conflitos em Darfur se intensificaram no mês passado com ataques a civis, enquanto as negociações de paz estão falhando”, afirma a representante da entidade.

“A nossa organização não se envolve nos direitos eleitorais. No entanto, consideramos que os direitos humanos são o cerne de qualquer eleição ou referendo, no sentido de que os eleitores têm direito de votar sem intimidação. Então, o que temos feito é enviar um ‘briefing’ aos monitores do referendo, pedindo-lhes para que relatem qualquer violação aos direitos humanos que venha a ocorrer durante o referendo”, completa.

Fonte: “Voice of America News”