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Julio Hegedus: O fim da isenção do IR

Os mercados comentavam sobre um estudo do governo para acabar com a isenção do Imposto de Renda nos ganhos dos investidores estrangeiros que aplicam em títulos públicos. Por outro lado, com sua aprovação no Congresso até o fim deste ano, sua adoção só seria permitida a partir do ano que vem. Em 2006, quando o governo resolveu isentar o capital externo, depois de muitos anos de reivindicações do mercado, a […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2010 às 00h01.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h58.

Os mercados comentavam sobre um estudo do governo para acabar com a isenção do Imposto de Renda nos ganhos dos investidores estrangeiros que aplicam em títulos públicos. Por outro lado, com sua aprovação no Congresso até o fim deste ano, sua adoção só seria permitida a partir do ano que vem. Em 2006, quando o governo resolveu isentar o capital externo, depois de muitos anos de reivindicações do mercado, a justificativa foi a necessidade de estimular o aumento do prazo da dívida interna. Antes disto, os investidores pagavam uma alíquota de 15% de IR. O objetivo do governo era aproveitar o aumento da procura pelos títulos da dívida pública para pagar menos juros. Com a isenção do IR, a demanda pelos títulos aumentaria, ajudando a reduzir as taxas pagas pelo Tesouro, com efeitos positivos nas projeções dos juros no mercado futuro, referência em muitas operações de mercado. Com a isenção do IR, um maior número de investidores estrangeiros foi atraído para o País, garantindo maior competição nos leilões dos títulos públicos. Agora, com o cenário internacional virando, o Brasil está tentando limitar a enxurrada de dólares, com o governo retirando os incentivos que adotou para atrair os investidores.

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Os mercados comentavam sobre um estudo do governo para acabar com a isenção do Imposto de Renda nos ganhos dos investidores estrangeiros que aplicam em títulos públicos. Por outro lado, com sua aprovação no Congresso até o fim deste ano, sua adoção só seria permitida a partir do ano que vem. Em 2006, quando o governo resolveu isentar o capital externo, depois de muitos anos de reivindicações do mercado, a justificativa foi a necessidade de estimular o aumento do prazo da dívida interna. Antes disto, os investidores pagavam uma alíquota de 15% de IR. O objetivo do governo era aproveitar o aumento da procura pelos títulos da dívida pública para pagar menos juros. Com a isenção do IR, a demanda pelos títulos aumentaria, ajudando a reduzir as taxas pagas pelo Tesouro, com efeitos positivos nas projeções dos juros no mercado futuro, referência em muitas operações de mercado. Com a isenção do IR, um maior número de investidores estrangeiros foi atraído para o País, garantindo maior competição nos leilões dos títulos públicos. Agora, com o cenário internacional virando, o Brasil está tentando limitar a enxurrada de dólares, com o governo retirando os incentivos que adotou para atrair os investidores.

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