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Freud, Marx e o livre-arbítrio

Por Sol Moras Sagabinaze Tava falando outro dia sobre a Escola de Frankfurt e me toquei que as suas maiores influências eram Marx e Freud. Não só influenciaram os alemães como boa parte da intelectualidade brasileira, o que não deixa de ser irônico, já que tanto Freud quanto Marx negam de alguma maneira o livre-arbítrio, submetendo-o a um determinismo do inconsciente (Freud) e a um determinismo de classe (Marx). Se […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2010 às 01h16.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h30.

Por Sol Moras Sagabinaze
Tava falando outro dia sobre a Escola de Frankfurt e me toquei que as suas maiores influências eram Marx e Freud. Não só influenciaram os alemães como boa parte da intelectualidade brasileira, o que não deixa de ser irônico, já que tanto Freud quanto Marx negam de alguma maneira o livre-arbítrio, submetendo-o a um determinismo do inconsciente (Freud) e a um determinismo de classe (Marx). Se há determinismo, não há escolha e sem escolha não há trabalho intelectual possível, mas ações e pensamentos previamente determinados por fatores fora do alcance da pessoa. Li algumas biografias de Freud e não vejo malícia nas suas teorias, era um cara predominantemente liberal e o seu objetivo não era controlar os outros, mas tentar explicar o que se passava na mente humana. Não posso dizer o mesmo de Marx, que criou uma teoria absurda cujo objetivo declarado era dividir as pessoas em “exploradas” e “exploradoras” no capitalismo que nascia e viria a melhorar a vida nos países que, em maior ou menos grau, o adotaram. São dois dos autores favoritos dos coletivistas, daqueles que querem desqualificar o individualismo, daqueles que querem esvaziar a responsabilidade individual em favor de uma ditadura iluminada que “saiba” que o homem não tem controle – ou controle suficiente – sobre as suas ações, que são determinadas por pulsões sexuais, pela posição social que a sua família ocupava quando você nasceu ou pela desculpa que estiver mais a mão pra evadir o fato de que o homem possui uma mente capaz de escolher entre as opções e circunstâncias que se apresentam. Depois tento aprofundar isso um pouco mais.

(Publicado no blog de Sol Moras)

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Por Sol Moras Sagabinaze
Tava falando outro dia sobre a Escola de Frankfurt e me toquei que as suas maiores influências eram Marx e Freud. Não só influenciaram os alemães como boa parte da intelectualidade brasileira, o que não deixa de ser irônico, já que tanto Freud quanto Marx negam de alguma maneira o livre-arbítrio, submetendo-o a um determinismo do inconsciente (Freud) e a um determinismo de classe (Marx). Se há determinismo, não há escolha e sem escolha não há trabalho intelectual possível, mas ações e pensamentos previamente determinados por fatores fora do alcance da pessoa. Li algumas biografias de Freud e não vejo malícia nas suas teorias, era um cara predominantemente liberal e o seu objetivo não era controlar os outros, mas tentar explicar o que se passava na mente humana. Não posso dizer o mesmo de Marx, que criou uma teoria absurda cujo objetivo declarado era dividir as pessoas em “exploradas” e “exploradoras” no capitalismo que nascia e viria a melhorar a vida nos países que, em maior ou menos grau, o adotaram. São dois dos autores favoritos dos coletivistas, daqueles que querem desqualificar o individualismo, daqueles que querem esvaziar a responsabilidade individual em favor de uma ditadura iluminada que “saiba” que o homem não tem controle – ou controle suficiente – sobre as suas ações, que são determinadas por pulsões sexuais, pela posição social que a sua família ocupava quando você nasceu ou pela desculpa que estiver mais a mão pra evadir o fato de que o homem possui uma mente capaz de escolher entre as opções e circunstâncias que se apresentam. Depois tento aprofundar isso um pouco mais.

(Publicado no blog de Sol Moras)

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