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Economista americano analisa a gradual abertura clandestina dos norte-coreanos para o mundo

Desde o colapso da economia estatal centralizada da Coreia do Norte durante o período de fome devastadora no país na década de 1990, muitos norte-coreanos adotaram um sistema de mercado negro como meio de sobrevivência. A análise é do economista americano Marcus Noland, co-autor do livro recém-publicado “Testemunha da transformação: uma análise dos refugiados da Coreia do Norte”, baseado em vasta pesquisa sobre os refugiados norte-coreanos na China e na […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 29 de março de 2011 às, 17h09.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h21.

Desde o colapso da economia estatal centralizada da Coreia do Norte durante o período de fome devastadora no país na década de 1990, muitos norte-coreanos adotaram um sistema de mercado negro como meio de sobrevivência. A análise é do economista americano Marcus Noland, co-autor do livro recém-publicado “Testemunha da transformação: uma análise dos refugiados da Coreia do Norte”, baseado em vasta pesquisa sobre os refugiados norte-coreanos na China e na Coreia.

Como resultado deste mercado paralelo, mais coreanos do Norte passaram a ter algum acesso aos meios de comunicação estrangeiros, e um número cada vez maior de pessoas passou a culpar as políticas do regime pelos problemas da nação, ainda que o façam em âmbito privado, disse Noland em uma palestra.

“Espera-se que a expansão do mercado, a exposição cada vez maior dos norte-coreanos ao mundo exterior e as novas maneiras de fazer negócios e de organizar a vida venham a dificultar as coisas para o regime”, disse ele.

Mas, ao mesmo tempo, a mão de ferro do governo vem sendo usada cada vez mais para aterrorizar – e subornar – o engajamento dos cidadãos na atividade econômica privada, disse Noland, que também é vice-diretor do Instituto Peterson de Economia Internacional de Washington, DC. “A ditadura norte-coreana é um regime absolutamente irresponsável e que tem uma extraordinária capacidade de infligir sofrimento em seu próprio povo”, disse ele

Fonte: Eurasia Revie

No site do Instituto Millenium, leia também: “Coreia do Norte: contrabando de informações rompe o controle governamental”