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Colunista inglês elogia o pragmatismo dos primeiros meses do governo Dilma

Em seu artigo deste mês no jornal britânico “The Guardian”, o articulista Vincent Bevins comentou positivamente as contínuas demonstrações de independência da presidente Dilma Rousseff, não apenas em relação a seu antecessor, como também dos líderes populistas da esquerda latino-americana. “Em seus primeiros meses como presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ex-guerrilheira e sucessora do popular Lula, começou a esculpir seu próprio estilo. Ela deu um passo atrás na amizade de […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 28 de março de 2011 às, 14h29.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 13h06.

Em seu artigo deste mês no jornal britânico “The Guardian”, o articulista Vincent Bevins comentou positivamente as contínuas demonstrações de independência da presidente Dilma Rousseff, não apenas em relação a seu antecessor, como também dos líderes populistas da esquerda latino-americana.

“Em seus primeiros meses como presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ex-guerrilheira e sucessora do popular Lula, começou a esculpir seu próprio estilo. Ela deu um passo atrás na amizade de seu país com o governo do Irã, e tem estabelecido controles na despesa pública, algo que acredita ser necessário para manter o contínuo ‘boom’ econômico do país. Sua estratégia parece ser a de manter uma política pragmática de centro”, escreveu Bevins.

O articulista lembra que, durante décadas, a estratégia da esquerda na América Latina foi a criação de “um projeto alternativo e radical ao capitalismo global e ao ‘imperialismo’ ocidental”. Ele também destaca que a expansão da economia de muitos países latino-americanos durante a recessão econômica dos EUA fez com que os primeiros descobrissem que são capazes de bater os outrora “adversários” em seu próprio jogo, usando a economia de mercado a seu favor para ampliação de poder e riqueza. Em relação à política externa, Bevins diz não ver em Dilma o revanchismo de Evo Morales e Chávez, e complementa:

“Ainda não está claro se ela vai continuar a tradição de manter alianças internacionais que enfureçam Washington, mas suas decisões em relação ao Irã têm mostrado que isso é cada vez menos provável”.

Fonte: “The Guardian”

No site do Instituto Millenium, leia a opinião de Marco Antonio Villa: “Governo Dilma não tem vida própria”