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Três negócios com ideias inovadoras contra o desperdício

As finalistas regionais da competição ClimateLauchpad mostram soluções para o uso mais eficiente de recursos naturais e econômicos

Três startups com negócios contra o desperdício foram as vencedoras da final nacional da ClimateLaunchpad, a maior competição de negócios verdes do mundo (Foto/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2021 às 10h20.

Última atualização em 8 de setembro de 2021 às 16h46.

Para enfrentar uma situação de crise econômica como a atual do Brasil, uma medida sempre bem-vinda é acabar com os desperdícios. Todo tipo de desperdício, inclusive o de recursos naturais. Usar os recursos de forma eficiente - seja matéria-prima, energia ou mesmo tempo das pessoas - está intimamente ligado a um melhor resultado econômico. A boa notícia é que os empreendedores têm soluções criativas para reduzir vários desperdícios. Seus negócios promovem um uso mais inteligente do que temos. Ajudam a garantir maior retorno hoje, melhor qualidade de vida agora e geram mais segurança para nosso futuro.

Três startups com negócios contra o desperdício foram as vencedoras da final nacional da ClimateLaunchpad, a maior competição de negócios verdes do mundo. A competição é organizada no Brasil pela Climate Ventures, com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS). A disputa envolve cleantechs (tecnologias limpas) de 57 países e tem o objetivo de destravar o potencial e fomentar ideias de negócios que tenham impacto positivo no clima. Vale a pena conhecer o que fazem essas empresas inovadoras e como elas promovem o uso mais eficiente de preciosos recursos.

Bioflore - Uso eficiente da terra

A Bioflore, por exemplo, é uma startup que conecta produtores rurais com terras para reflorestar e empresas que buscam compensar suas emissões de carbono e garantir maior sustentabilidade em sua cadeia de produção. Através de uma plataforma desenvolvida pela startup se tem acesso a informações sobre clima, solo e espécies possíveis de plantar no local a ser reflorestado, estratégias de plantio, relatórios e conhecimento sobre o que as espécies potenciais para a região podem gerar de produtos florestais não madeireiros. Heitor Filpi, CEO da Bioflore, explica que, ao conectar os produtores com as empresas, o negócio possibilita viabilizar a regularização ambiental com modelos agroflorestais que não só geram renda para esses produtores, mas também conseguem suprir demandas de alimentos. Um exemplo é do trabalho que o negócio faz com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Bárbara (MG), intermediando o fornecimento de alimentos por parte dos agricultores familiares para as merendas das escolas públicas do município. Diminuindo assim a necessidade do sindicato buscar grandes quantidades de alimentos em grandes centros de distribuição, o que seria um estímulo para o desperdício de comida, com a perda de alimentos estocados.

Nibbler - Menos desperdício de resíduos

A startup Nibbler, de São Paulo, ataca o excesso de lixo doméstico. Os fundadores da empresa, Guilherme Coube e Isabela Gomes, desenvolveram, dentro do programa de Engenharia Avançada do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Escola Avenues São Paulo, o projeto Nibbler. É um eletrodoméstico que tritura lixo residencial, mistura os fragmentos com uma resina e permite a impressão de objetos em 3D. Hoje, muito do que colocamos na lixeira reciclável acaba sendo contaminado e não pode ser aproveitado. Mas com a máquina da Nibbler, uma porcentagem maior de lixo é aproveitada, já que ele foi desenhado para aceitar diversos tipos de materiais e de contaminação. Assim, é possível reduzir o descarte de resíduos sólidos, promover um modelo de descarte circular e a criação sustentável de novos materiais. A máquina da Nibbler poderia ser usada em escolas, universidades e residências, mas o projeto foi desenvolvido inicialmente com o foco no mercado de cooperativas de catadores. Com o uso do eletrodoméstico, seria viável a criação e a venda de objetos e, consequentemente, um aumento da renda das cooperativas.

SaveAdd - Sem comida jogada fora

SaveAdd é uma startup de soluções tecnológicas, que usa um aplicativo com inteligência artificial para identificar, diagnosticar e gerir sobras de estoque em empresas que lidam com alimentos, como supermercados ou redes de restaurantes. Com a SaveAdd, as empresas podem vender ou doar sobras, evitando o desperdício e convertendo custos logísticos, de manutenção, descarte e destruição, em melhor aproveitamento de produtos e matérias primas para ONGs, instituições e pequenas empresas. O que gera receita, lucro e valores de forma sustentável. Segundo Salvador Iglesias Ramalho, cofundador e CEO da startup, o negócio ajuda a combater o desperdício ao reduzir as barreiras que inviabilizam as decisões e a continuidade de práticas para o aproveitamento daquilo que ainda não é lixo. “Geramos assertividade e otimização de resultados com base nos algoritmos, além de controle e segurança através da auditoria de contratos inteligentes, junto com todos os registros necessários”, afirma.

A Bioflore, a Nibbler e a SaveAdd agora vão seguir para a final regional da ClimateLauchpad, prevista para ocorrer nos dias 24 e 25 de setembro, em um evento online. Irão competir com startups da Argentina, Barbados, Canadá, Colômbia, Jamaica, México, Suriname e Uruguai. Os quatro negócios mais bem avaliados da final regional vão apresentar seus pitches no Shark Tank Colômbia e México, uma apresentação de negócios a potenciais investidores. Por fim, as 14 melhores ideias verdes vão competir na final global, em outubro, e a vencedora leva para casa o prêmio de 10 mil euros.

COM LARISSA MAGALHÃES

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Três startups com negócios contra o desperdício foram as vencedoras da final nacional da ClimateLaunchpad, a maior competição de negócios verdes do mundo. A competição é organizada no Brasil pela Climate Ventures, com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS). A disputa envolve cleantechs (tecnologias limpas) de 57 países e tem o objetivo de destravar o potencial e fomentar ideias de negócios que tenham impacto positivo no clima. Vale a pena conhecer o que fazem essas empresas inovadoras e como elas promovem o uso mais eficiente de preciosos recursos.

Bioflore - Uso eficiente da terra

A Bioflore, por exemplo, é uma startup que conecta produtores rurais com terras para reflorestar e empresas que buscam compensar suas emissões de carbono e garantir maior sustentabilidade em sua cadeia de produção. Através de uma plataforma desenvolvida pela startup se tem acesso a informações sobre clima, solo e espécies possíveis de plantar no local a ser reflorestado, estratégias de plantio, relatórios e conhecimento sobre o que as espécies potenciais para a região podem gerar de produtos florestais não madeireiros. Heitor Filpi, CEO da Bioflore, explica que, ao conectar os produtores com as empresas, o negócio possibilita viabilizar a regularização ambiental com modelos agroflorestais que não só geram renda para esses produtores, mas também conseguem suprir demandas de alimentos. Um exemplo é do trabalho que o negócio faz com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Bárbara (MG), intermediando o fornecimento de alimentos por parte dos agricultores familiares para as merendas das escolas públicas do município. Diminuindo assim a necessidade do sindicato buscar grandes quantidades de alimentos em grandes centros de distribuição, o que seria um estímulo para o desperdício de comida, com a perda de alimentos estocados.

Nibbler - Menos desperdício de resíduos

A startup Nibbler, de São Paulo, ataca o excesso de lixo doméstico. Os fundadores da empresa, Guilherme Coube e Isabela Gomes, desenvolveram, dentro do programa de Engenharia Avançada do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Escola Avenues São Paulo, o projeto Nibbler. É um eletrodoméstico que tritura lixo residencial, mistura os fragmentos com uma resina e permite a impressão de objetos em 3D. Hoje, muito do que colocamos na lixeira reciclável acaba sendo contaminado e não pode ser aproveitado. Mas com a máquina da Nibbler, uma porcentagem maior de lixo é aproveitada, já que ele foi desenhado para aceitar diversos tipos de materiais e de contaminação. Assim, é possível reduzir o descarte de resíduos sólidos, promover um modelo de descarte circular e a criação sustentável de novos materiais. A máquina da Nibbler poderia ser usada em escolas, universidades e residências, mas o projeto foi desenvolvido inicialmente com o foco no mercado de cooperativas de catadores. Com o uso do eletrodoméstico, seria viável a criação e a venda de objetos e, consequentemente, um aumento da renda das cooperativas.

SaveAdd - Sem comida jogada fora

SaveAdd é uma startup de soluções tecnológicas, que usa um aplicativo com inteligência artificial para identificar, diagnosticar e gerir sobras de estoque em empresas que lidam com alimentos, como supermercados ou redes de restaurantes. Com a SaveAdd, as empresas podem vender ou doar sobras, evitando o desperdício e convertendo custos logísticos, de manutenção, descarte e destruição, em melhor aproveitamento de produtos e matérias primas para ONGs, instituições e pequenas empresas. O que gera receita, lucro e valores de forma sustentável. Segundo Salvador Iglesias Ramalho, cofundador e CEO da startup, o negócio ajuda a combater o desperdício ao reduzir as barreiras que inviabilizam as decisões e a continuidade de práticas para o aproveitamento daquilo que ainda não é lixo. “Geramos assertividade e otimização de resultados com base nos algoritmos, além de controle e segurança através da auditoria de contratos inteligentes, junto com todos os registros necessários”, afirma.

A Bioflore, a Nibbler e a SaveAdd agora vão seguir para a final regional da ClimateLauchpad, prevista para ocorrer nos dias 24 e 25 de setembro, em um evento online. Irão competir com startups da Argentina, Barbados, Canadá, Colômbia, Jamaica, México, Suriname e Uruguai. Os quatro negócios mais bem avaliados da final regional vão apresentar seus pitches no Shark Tank Colômbia e México, uma apresentação de negócios a potenciais investidores. Por fim, as 14 melhores ideias verdes vão competir na final global, em outubro, e a vencedora leva para casa o prêmio de 10 mil euros.

COM LARISSA MAGALHÃES

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