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Potência ou Potencial?

Ao longo dos 15 anos que fui líder de RH em grandes empresas multinacionais, dediquei boa parte do meu tempo na avaliação do potencial das pessoas. Entretanto, recentemente, tenho me perguntado se não teria sido melhor investir esse tempo focando-me na liberação da potência delas. Tanto potência como potencial são originadas da palavra “potis”, que vem do grego e do latim, significando poder. Potência é a capacidade de criar, produzir, […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2016 às 14h40.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h35.

Ao longo dos 15 anos que fui líder de RH em grandes empresas multinacionais, dediquei boa parte do meu tempo na avaliação do potencial das pessoas. Entretanto, recentemente, tenho me perguntado se não teria sido melhor investir esse tempo focando-me na liberação da potência delas.

Tanto potência como potencial são originadas da palavra “potis”, que vem do grego e do latim, significando poder. Potência é a capacidade de criar, produzir, agir e fornecer energia; é a aptidão que todo ser humano tem de realizar e transformar sua força em energia. Já potencial é uma potência que pode existir em algum momento no futuro. Ou seja, algo que pode ser desenvolvido, embora ainda não tenha sido concretizado.

Acredito que todos possuem potências e o desafio de cada um é desabrochá-las para ser e fazer o melhor. Quando fazemos nosso melhor, estamos conectados ao chamado da vida, manifestamos nossos talentos e nos sentimos plenos e realizados.

Sabemos que nem sempre conseguimos liberar plenamente nossas potências e que mostramos ao mundo somente parte do que podemos ser e fazer. Sendo assim, faz sentido ajudar pessoas na liberação de suas potências, pois quando elas são expressadas no presente, obtemos melhores condições de avaliação do potencial de cada uma.

Assim, é possível evoluir do paradigma de que alguns têm potencial para um modelo mental de compreensão de que todos possuem potência. Para começar a identificar e reconhecer isso, é preciso refletir sobre duas perguntas: “O que gosto muito de fazer?” e “O que sei fazer muito bem?”.

Depois de pensar em cada indagação separadamente, conseguimos identificar a interseção entre as duas respostas. Reconhecer a potência é um começo, mas não é o bastante. Para expressá-la, é preciso ter autoconfiança, se libertar dos medos e receios e ter força de vontade e determinação para utilizá-la a serviço do mundo.

Parte da limitação dessa potência vem das nossas personalidades, características pessoais e histórias de vida, além do contexto em que crescemos e vivemos. Como pai de três filhos, reconheço potências diferentes em cada um deles, mas às vezes tenho dúvidas se estou contribuindo para que eles as reconheçam e as manifestem no mundo ou se estou limitando suas respectivas forças e expressões.

Como líder de uma equipe, podemos fazer esta mesma pergunta e refletir sobre como estamos contribuindo para a manifestação, ou a limitação, da potência de cada um de seus membros. Quando atuamos como líderes de empresas, criamos estruturas organizacionais, culturas relacionais e ambientes de trabalho que limitam ou que liberam as potências individuais.

O paralelo entre a liberação da potência individual e a liberação da potência das organizações ficou ainda mais claro para mim após a leitura do livro “Todos São Importantes”, de Bob Chapman e Raj Sisodia, recentemente editado no Brasil pelo Instituto Capitalismo Consciente Brasil. Na obra, os autores contam a evolução da Barry & Wehmiller, empresa industrial norte-americana de bastante sucesso.

Após muitos anos como CEO, Chapman se deu conta que o diferencial estratégico de sua organização era a capacidade de adquirir empresas tradicionais que possuíam potência, mas que não estavam performando bem. A chave do sucesso estava na capacidade de desenvolver uma cultura que liberasse a potência das pessoas ao reconhecer uma coisa muito simples: todos tem potência e são importantes.

Após alguns anos adquirindo outras empresas, a B&W estabeleceu seus Princípios Orientadores da Liderança que começa com a frase “Medimos o sucesso pela maneira que tocamos as vidas das pessoas”. Além disso, afirma que o papel da liderança é “criar um ambiente dinâmico que extrai e celebra o melhor de cada indivíduo e libera a todos para realizar o verdadeiro sucesso”.

As histórias contadas no livro são marcantes e retratam situações em que a mudança do contexto organizacional e cultural permitiu que as mesmas pessoas produzissem resultados superiores simplesmente porque foram incentivadas a serem elas mesmas, seres humanos plenos com toda sua potência.

Esta reflexão me deu ainda mais clareza, confiança e vontade de contribuir para liberar a potência de indivíduos e organizações. Por isso, convido a todos vocês a fazerem o mesmo para que possamos sonhar juntos com um mundo em que os mais de 7 bilhões de pessoas manifestem plenamente suas potências individuais.

Ao longo dos 15 anos que fui líder de RH em grandes empresas multinacionais, dediquei boa parte do meu tempo na avaliação do potencial das pessoas. Entretanto, recentemente, tenho me perguntado se não teria sido melhor investir esse tempo focando-me na liberação da potência delas.

Tanto potência como potencial são originadas da palavra “potis”, que vem do grego e do latim, significando poder. Potência é a capacidade de criar, produzir, agir e fornecer energia; é a aptidão que todo ser humano tem de realizar e transformar sua força em energia. Já potencial é uma potência que pode existir em algum momento no futuro. Ou seja, algo que pode ser desenvolvido, embora ainda não tenha sido concretizado.

Acredito que todos possuem potências e o desafio de cada um é desabrochá-las para ser e fazer o melhor. Quando fazemos nosso melhor, estamos conectados ao chamado da vida, manifestamos nossos talentos e nos sentimos plenos e realizados.

Sabemos que nem sempre conseguimos liberar plenamente nossas potências e que mostramos ao mundo somente parte do que podemos ser e fazer. Sendo assim, faz sentido ajudar pessoas na liberação de suas potências, pois quando elas são expressadas no presente, obtemos melhores condições de avaliação do potencial de cada uma.

Assim, é possível evoluir do paradigma de que alguns têm potencial para um modelo mental de compreensão de que todos possuem potência. Para começar a identificar e reconhecer isso, é preciso refletir sobre duas perguntas: “O que gosto muito de fazer?” e “O que sei fazer muito bem?”.

Depois de pensar em cada indagação separadamente, conseguimos identificar a interseção entre as duas respostas. Reconhecer a potência é um começo, mas não é o bastante. Para expressá-la, é preciso ter autoconfiança, se libertar dos medos e receios e ter força de vontade e determinação para utilizá-la a serviço do mundo.

Parte da limitação dessa potência vem das nossas personalidades, características pessoais e histórias de vida, além do contexto em que crescemos e vivemos. Como pai de três filhos, reconheço potências diferentes em cada um deles, mas às vezes tenho dúvidas se estou contribuindo para que eles as reconheçam e as manifestem no mundo ou se estou limitando suas respectivas forças e expressões.

Como líder de uma equipe, podemos fazer esta mesma pergunta e refletir sobre como estamos contribuindo para a manifestação, ou a limitação, da potência de cada um de seus membros. Quando atuamos como líderes de empresas, criamos estruturas organizacionais, culturas relacionais e ambientes de trabalho que limitam ou que liberam as potências individuais.

O paralelo entre a liberação da potência individual e a liberação da potência das organizações ficou ainda mais claro para mim após a leitura do livro “Todos São Importantes”, de Bob Chapman e Raj Sisodia, recentemente editado no Brasil pelo Instituto Capitalismo Consciente Brasil. Na obra, os autores contam a evolução da Barry & Wehmiller, empresa industrial norte-americana de bastante sucesso.

Após muitos anos como CEO, Chapman se deu conta que o diferencial estratégico de sua organização era a capacidade de adquirir empresas tradicionais que possuíam potência, mas que não estavam performando bem. A chave do sucesso estava na capacidade de desenvolver uma cultura que liberasse a potência das pessoas ao reconhecer uma coisa muito simples: todos tem potência e são importantes.

Após alguns anos adquirindo outras empresas, a B&W estabeleceu seus Princípios Orientadores da Liderança que começa com a frase “Medimos o sucesso pela maneira que tocamos as vidas das pessoas”. Além disso, afirma que o papel da liderança é “criar um ambiente dinâmico que extrai e celebra o melhor de cada indivíduo e libera a todos para realizar o verdadeiro sucesso”.

As histórias contadas no livro são marcantes e retratam situações em que a mudança do contexto organizacional e cultural permitiu que as mesmas pessoas produzissem resultados superiores simplesmente porque foram incentivadas a serem elas mesmas, seres humanos plenos com toda sua potência.

Esta reflexão me deu ainda mais clareza, confiança e vontade de contribuir para liberar a potência de indivíduos e organizações. Por isso, convido a todos vocês a fazerem o mesmo para que possamos sonhar juntos com um mundo em que os mais de 7 bilhões de pessoas manifestem plenamente suas potências individuais.

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