Como o Big Data está revolucionando o mercado imobiliário
Aplicações da ciência de dados permitem hoje analisar com muito mais profundidade a situação do mercado em cada região
Redação Exame
Publicado em 28 de maio de 2023 às 09h03.
Última atualização em 29 de maio de 2023 às 11h39.
Marcelo Dadian*
A ciência de dados vem mudando radicalmente a maneira como fazemos negócios. Não importa para qual setor da economia se olhe, ferramentas inovadoras de Big Data e de inteligência artificial estão viabilizando maneiras mais eficientes de gerir uma empresa, identificar tendências de mercado e se comunicar com novos clientes.
No centro dessa revolução está o uso intensivo de dados. Não é novidade que a digitalização dos negócios está criando um mercado muito mais data driven, no qual as empresas precisam investir em infraestrutura digital e em estratégias inteligentes para aproveitar o potencial econômico das informações cedidas por clientes e fornecedores.
Um levantamento da empresa de consultoria McKinsey, uma das mais prestigiosas do mundo, apontou que as companhias que investem em Big Data têm 23 vezes mais chances de conquistar novos clientes e estão 19 vezes mais aptas a permanecerem lucrativas no médio e longo prazo.
O mercado imobiliário também é parte dessa revolução. Aplicações da ciência de dados permitem hoje analisar com muito mais profundidade a situação do mercado em cada região, orientando, por exemplo, a construção de novos empreendimentos. A tomada de decisão por parte de empresas ou investidores torna-se, portanto, mais embasada e segura.
Comportamento dos usuários
Os portais de compra, venda e aluguel de imóveis também são responsáveis por impulsionar essa revolução, uma vez que conseguem identificar tendências de mercado, preferências das diferentes fatias demográficas e padrões gerais de consumo, tudo a partir do comportamento dos usuários.
No passado, informações desse tipo demandavam custosas pesquisas de mercado que eram inacessíveis para parcela relevante dos agentes, levando empresas a seguirem o comportamento dos demais players, o que gerou no mercado imobiliário regiões com projetos homogeneizados. Hoje, usando essa robusta base de dados, é possível chegar a conclusões muito mais confiáveis, detalhadas e específicas sobre o comportamento e os desejos dos consumidores, as quais, por sua vez, devem balizar o planejamento estratégico das imobiliárias, construtoras e incorporadoras. Isso, é claro, sempre em conjunto com profissionais qualificados, com conhecimento específicos do setor, para analisar as informações e trazer insights relevantes a partir delas.
As soluções estão aí, ao alcance de todos, e cabe ao setor saber aproveitar plenamente seu potencial. Há iniciativas importantes nesse sentido, como a publicação do Anuário do Mercado Imobiliário DataZAP+, que compila e disponibiliza para todo o mercado informações sobre os mercados primário e secundário, dados sociodemográficos e comportamentais de compradores e locatários e análises de demanda e de liquidez considerando as cinco regiões do país .
Quando comparado a outros setores da economia, o imobiliário ainda se prende a práticas “analógicas”, mas o fortalecimento do segmento no país, com a promoção de serviços mais inteligentes e eficientes, resultando em jornadas de consumo menos penosas e aumento da lucratividade das empresas, passa necessariamente pelo uso intensivo de dados.
*Marcelo Dadian é VP de Incorporadoras e Novos Negócios na OLX Brasil
Marcelo Dadian*
A ciência de dados vem mudando radicalmente a maneira como fazemos negócios. Não importa para qual setor da economia se olhe, ferramentas inovadoras de Big Data e de inteligência artificial estão viabilizando maneiras mais eficientes de gerir uma empresa, identificar tendências de mercado e se comunicar com novos clientes.
No centro dessa revolução está o uso intensivo de dados. Não é novidade que a digitalização dos negócios está criando um mercado muito mais data driven, no qual as empresas precisam investir em infraestrutura digital e em estratégias inteligentes para aproveitar o potencial econômico das informações cedidas por clientes e fornecedores.
Um levantamento da empresa de consultoria McKinsey, uma das mais prestigiosas do mundo, apontou que as companhias que investem em Big Data têm 23 vezes mais chances de conquistar novos clientes e estão 19 vezes mais aptas a permanecerem lucrativas no médio e longo prazo.
O mercado imobiliário também é parte dessa revolução. Aplicações da ciência de dados permitem hoje analisar com muito mais profundidade a situação do mercado em cada região, orientando, por exemplo, a construção de novos empreendimentos. A tomada de decisão por parte de empresas ou investidores torna-se, portanto, mais embasada e segura.
Comportamento dos usuários
Os portais de compra, venda e aluguel de imóveis também são responsáveis por impulsionar essa revolução, uma vez que conseguem identificar tendências de mercado, preferências das diferentes fatias demográficas e padrões gerais de consumo, tudo a partir do comportamento dos usuários.
No passado, informações desse tipo demandavam custosas pesquisas de mercado que eram inacessíveis para parcela relevante dos agentes, levando empresas a seguirem o comportamento dos demais players, o que gerou no mercado imobiliário regiões com projetos homogeneizados. Hoje, usando essa robusta base de dados, é possível chegar a conclusões muito mais confiáveis, detalhadas e específicas sobre o comportamento e os desejos dos consumidores, as quais, por sua vez, devem balizar o planejamento estratégico das imobiliárias, construtoras e incorporadoras. Isso, é claro, sempre em conjunto com profissionais qualificados, com conhecimento específicos do setor, para analisar as informações e trazer insights relevantes a partir delas.
As soluções estão aí, ao alcance de todos, e cabe ao setor saber aproveitar plenamente seu potencial. Há iniciativas importantes nesse sentido, como a publicação do Anuário do Mercado Imobiliário DataZAP+, que compila e disponibiliza para todo o mercado informações sobre os mercados primário e secundário, dados sociodemográficos e comportamentais de compradores e locatários e análises de demanda e de liquidez considerando as cinco regiões do país .
Quando comparado a outros setores da economia, o imobiliário ainda se prende a práticas “analógicas”, mas o fortalecimento do segmento no país, com a promoção de serviços mais inteligentes e eficientes, resultando em jornadas de consumo menos penosas e aumento da lucratividade das empresas, passa necessariamente pelo uso intensivo de dados.
*Marcelo Dadian é VP de Incorporadoras e Novos Negócios na OLX Brasil