Caixa patrocinará o Flamengo: excelente para ambos
Em um acordo que ainda carece ser referendado pelo Conselho do Flamengo, a Caixa Econômica Federal (CEF) patrocinará o clube por 25 milhões de reais anuais. Pelo acordo, entre outras ações de marketing possíveis, o banco estatal estampará sua marca no peito das camisas do time – o acordo não envolve as modalidades olímpicas. Há quem aponte como injusto o fato do valor pago pela Caixa ser inferior ao pago […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2013 às 13h32.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h02.
Em um acordo que ainda carece ser referendado pelo Conselho do Flamengo, a Caixa Econômica Federal (CEF) patrocinará o clube por 25 milhões de reais anuais. Pelo acordo, entre outras ações de marketing possíveis, o banco estatal estampará sua marca no peito das camisas do time – o acordo não envolve as modalidades olímpicas.
Há quem aponte como injusto o fato do valor pago pela Caixa ser inferior ao pago pelo mesmo banco ao Corinthians. O fato é que mesmo ainda sem ter detalhes do contrato que está para ser fechado, não há dúvidas de que é excelente para as duas partes.
Os torcedores do Flamengo estão inquietos com essa comparação ao patrocínio feito ao Corinthians. Mas não deveriam. A Caixa pagará R$ 25 milhões/ano para ter como exposição apenas o peito da camisa, enquanto as costas permanecem preenchidas pela Peugeot, em um valor muito próximo a R$ 10 milhões/ano. No Corinthians, a estatal estampa peito e costas (ao menos até agora), o que permite maior número de exposições. Logo, a comparação feita pelos torcedores deve ser a seguinte: O Flamengo ganha mais nos dois espaços mais nobres da camisa, mas precisa de dois patrocinadores. O Corinthians ganha 10% menos, mas estampa uma única marca, limpando o uniforme e facilitando a relação com os torcedores.
Considerando o momento de visibilidade do Flamengo (que não disputa a Copa Bridgestone Libertadores) e o do Corinthians (que disputa a competição e é o atual campeão do mundo), o patrocínio é excelente para o clube carioca.
Da mesma forma, o acordo é de extrema relevância para a Caixa. Considerando os valores praticados pelo mercado esportivo, por uma quantia interessante consegue alcançar o clube com maior número de torcedores espalhados no Brasil. O patrocínio feito ao Flamengo está longe de ser restrito ao Rio de Janeiro. Os torcedores do clube estão verdadeiramente espalhados pelo Brasil e as marcas patrocinadoras, com a Caixa, usufruem dessa mesma capilaridade.
Assim, com cerca de R$ 55 milhões/ano, a Caixa estará nos dois clubes de maiores torcidas do país. Isso sem contar outros clubes patrocinados pela estatal, como Atlético-PR, Avaí e Figueirense, e o acordo em estágio bastante evoluído com o Santos. Considerando o target do banco, a estratégia faz muito sentido.
Flamengo e Caixa acertam em cheio. Esse também é um exemplo do amadurecimento do patrocínio esportivo no Brasil.
Siga-nos no Twitter: @EXAME_EsporteEx e/ou @viniciuslord
Em um acordo que ainda carece ser referendado pelo Conselho do Flamengo, a Caixa Econômica Federal (CEF) patrocinará o clube por 25 milhões de reais anuais. Pelo acordo, entre outras ações de marketing possíveis, o banco estatal estampará sua marca no peito das camisas do time – o acordo não envolve as modalidades olímpicas.
Há quem aponte como injusto o fato do valor pago pela Caixa ser inferior ao pago pelo mesmo banco ao Corinthians. O fato é que mesmo ainda sem ter detalhes do contrato que está para ser fechado, não há dúvidas de que é excelente para as duas partes.
Os torcedores do Flamengo estão inquietos com essa comparação ao patrocínio feito ao Corinthians. Mas não deveriam. A Caixa pagará R$ 25 milhões/ano para ter como exposição apenas o peito da camisa, enquanto as costas permanecem preenchidas pela Peugeot, em um valor muito próximo a R$ 10 milhões/ano. No Corinthians, a estatal estampa peito e costas (ao menos até agora), o que permite maior número de exposições. Logo, a comparação feita pelos torcedores deve ser a seguinte: O Flamengo ganha mais nos dois espaços mais nobres da camisa, mas precisa de dois patrocinadores. O Corinthians ganha 10% menos, mas estampa uma única marca, limpando o uniforme e facilitando a relação com os torcedores.
Considerando o momento de visibilidade do Flamengo (que não disputa a Copa Bridgestone Libertadores) e o do Corinthians (que disputa a competição e é o atual campeão do mundo), o patrocínio é excelente para o clube carioca.
Da mesma forma, o acordo é de extrema relevância para a Caixa. Considerando os valores praticados pelo mercado esportivo, por uma quantia interessante consegue alcançar o clube com maior número de torcedores espalhados no Brasil. O patrocínio feito ao Flamengo está longe de ser restrito ao Rio de Janeiro. Os torcedores do clube estão verdadeiramente espalhados pelo Brasil e as marcas patrocinadoras, com a Caixa, usufruem dessa mesma capilaridade.
Assim, com cerca de R$ 55 milhões/ano, a Caixa estará nos dois clubes de maiores torcidas do país. Isso sem contar outros clubes patrocinados pela estatal, como Atlético-PR, Avaí e Figueirense, e o acordo em estágio bastante evoluído com o Santos. Considerando o target do banco, a estratégia faz muito sentido.
Flamengo e Caixa acertam em cheio. Esse também é um exemplo do amadurecimento do patrocínio esportivo no Brasil.
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