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As escolas de idiomas invadem o futebol

O patrocínio a clubes de futebol no Brasil chamou atenção, recentemente, pela quantidade de bancos participantes. Caixa Econômica Federal e BMG conquistaram grande exposição, mas outros, como Banrisul e Banpará (estes mais regionalmente) também marcaram presença nas camisas dos clubes brasileiros. Mas há outro mercado que também tem estado muito atento ao nosso futebol: o de escolas de idiomas. Claro que com investimentos proporcionais à sua abrangência e, portanto, bastante […] Leia mais

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Vinicius Lordello — Esporte Executivo

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às, 07h39.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h39.

O patrocínio a clubes de futebol no Brasil chamou atenção, recentemente, pela quantidade de bancos participantes. Caixa Econômica Federal e BMG conquistaram grande exposição, mas outros, como Banrisul e Banpará (estes mais regionalmente) também marcaram presença nas camisas dos clubes brasileiros.

Mas há outro mercado que também tem estado muito atento ao nosso futebol: o de escolas de idiomas. Claro que com investimentos proporcionais à sua abrangência e, portanto, bastante aquém do investido pelos bancos. Mas a presença está consideravelmente fortalecida.  A Wise Up, com um poderio maior, é patrocinadora da Copa do Mundo FIFA de 2014. Já a Englishtown passou a ser, desde o final de 2013, patrocinadora das seleções brasileiras de futebol masculino e feminino.

i_love_soccerA tal presença no futebol fica ainda mais clara no estado de São Paulo. A Fisk tem o patrocínio da manga do uniforme do Corinthians, enquanto a Wizard patrocina o São Paulo. Em um passado não muito distante, a Skill estava com o Palmeiras, assim como a Minds esteve com o Santos ao longo de 2013. Considerando o sucesso alcançando no último ano, quando a Ponte Preta fez excelentes campanhas no Campeonato Paulista e chegou a ser finalista da Copa Sul-Americana, a PBF (da Fundação Fisk) renovou o patrocínio com o clube campineiro até o final de 2014. E provavelmente, entre todos os citados, teve o melhor custo-benefício no ano passado.

Os objetivos comerciais do segmento passam naturalmente pela cada vez maior necessidade do brasileiro desenvolver idiomas além do pátrio. Fato que também passa, embora não exclusivamente, pela realização dos grandes eventos esportivos no Brasil. E se as pessoas precisam, cada vez mais, desse aprendizado, como se diferenciar em meio a concorrência? A exposição no esporte, e mais especificamente no futebol, está bastante longe de ser o único caminho, mas claramente pode ser um deles. Afinal, fala com as faixas sociais e etárias esperadas.

Contudo, além da exposição de marca, as escolas devem ativar seus patrocínios. O direito de explorar espaços publicitários em placas de campo e backdrop (painel instalado em entrevistas e coletivas de imprensa), por exemplo, é o elementar. É fundamental a realização de ações conjuntas de marketing, utilizando a imagem dos atletas das equipes em ações. É preciso conscientizar todos os integrantes do clube do quão forte é a atuação desta empresa no mercado, na mesma medida, como pode ser útil para o clube. A Englishtown, patrocinadora da seleção, cuidará de todo material produzido pela CBF que careça de tradução para outros idiomas. Isso é ir além da exposição.

A tomada do patrocínio no futebol pelas escolas de idiomas é um movimento interessante. Mas será ainda mais interessante ver o futebol sendo efetivamente beneficiado pelo o que esse mercado pode agregar. Trata-se de uma oportunidade clara, como outros segmentos podem não ter para explorar. É a possibilidade de, em um sentido mais amplo, ensinar como deve se comportar um patrocinador. Do you know what I mean?

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