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Usuários de sites de encontros querem o que não podem ter, diz estudo

Tanto homens como mulheres aspiram a um parceiro cerca de 25% mais "desejável" do que eles", indicou pesquisa feita nos Estados Unidos

Sites de relacionamento: grau de atração dos participantes foi determinado usando algoritmo que levou em conta quantas mensagens recebiam de outros usuários populares em um site de encontros (Thinkstock/Thinkstock)
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AFP

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 20h19.

Muitos usuários de sites de encontros aspiram encontrar candidatos que estão fora do seu alcance, diz um estudo publicado nesta quarta-feira que relevou as escolhas de heterossexuais em quatro grandes cidades americanas.

"Tanto homens como mulheres aspiram a um parceiro cerca de 25% mais 'desejável' do que eles", indicou o estudo , publicado na revista científica Science Advances.

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Neste sentido, quase nenhum usuário contatou outros significativamente menos desejáveis que eles.

O grau de atração dos participantes foi determinado usando um algoritmo que os ordenou em um ranking, tendo em conta quantas mensagens recebiam de outros usuários populares em um site de encontros em Nova York, Seattle, Boston e Chicago.

"Se você é contatado por pessoas 'desejáveis', então pode-se supor que você é mais desejável", diz o estudo.

Usando um algoritmo similar ao implementado em motores de busca na internet , os pesquisadores estabeleceram o "nível" de cada usuário, que batizaram cientificamente de "hierarquias de atração".

Para alguns participantes do jogo de encontros, o fluxo de mensagens de pretendentes era alto.

"A pessoa mais popular nas quatro cidades, uma mulher de 30 anos que vive em Nova York, recebeu 1.504 mensagens durante o período de observação, o que equivale a uma mensagem a cada 30 minutos, dia e noite, durante todo o mês", indica a publicação.

Embora os pesquisadores não tenham revelado o final da história de amor desta mulher, descobriram que a maioria dos candidatos nos sites tendiam a contatar pessoas mais "desejáveis" que eles, segundo os parâmetros do estudo.

Além disso, os de menor posição nesta escala costumavam enviar mensagens mais longas em comparação com as mensagens enviadas pelos que se consideravam superiores neste ranking.

No entanto, na maioria dos casos estas tentativas ousadas não deram resultados. À medida que a brecha de atração aumenta, "há uma queda pronunciada na probabilidade de resposta", indica o estudo.

As pessoas provavelmente estiveram aspirando a amores inalcançáveis desde o início dos tempos. Mas dar uma olhada científica no fenômeno é motivo de esperança, indica a autora principal da pesquisa, Elizabeth Bruch, socióloga da Universidade de Michigan em Ann Arbor.

"Uma queixa comum quando as pessoas usam sites de encontros é que sentem que nunca recebem respostas", indica.

"Isto pode ser desanimador. Mas ainda que a taxa de resposta seja baixa, nossa análise mostra que 21% das pessoas que mostram este comportamento 'aspiracional' obtêm respostas de um companheiro que está fora de seu alcance, de modo que a perseverança dá seus frutos", conclui.

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