O que se sabe sobre o buraco negro mais antigo do Universo? Astrônomos desvendam mistério
Buraco negro existe a mais de 400 milhões de anos no Universo
Redação Exame
Publicado em 18 de janeiro de 2024 às 10h25.
Astrônomos daUniversidade de Cambridge, no Reino Unido,descobriram um buraco negro que existe a mais de 400 milhões de anos no Universo. O estudo foi publicado nesta quarta-feira, 17, pela revista Nature.
"A descoberta faz retroceder "cerca de 200 milhões de anos" no passado o que se sabia até agora", disse Jan Scholtz, astrofísico do Instituto de Cosmologia Kavli da Universidade de Cambridge.
Um buraco negro possuimassa calculada em 1,6 milhão de vezes a do Sol. Ele é invisível e absorve matéria circundante, emitindo uma quantidade de luz em seu entorno.
Em 2016, o telescopio Hubble identificou agaláxia GN-z11, então considerada a mais antiga do universo. Seis anos depois, em 2022, o James Webb identificou o buraco negro nessa galáxia, sendo assim o mais antigo.
O que é um buraco negro?
Buracos negros são regiões do espaço-tempo tão densas que nada, nem mesmo a luz, consegue escapar de sua atração gravitacional. Eles são resultados do colapso de estrelas massivas e apesar de sua natureza enigmática, desempenham papel crucial na compreensão do universo, influenciando galáxias e moldando o tecido do cosmos.
O que se sabe sobre esse buraco negro?
Existem diversas hipóteses a cerca desse buraco negro. Uma das incógnitas, segundo os astrônomos, é que ele tem poder de crescimento mais rápido que o normal.
SegundoStéphane Charlot, astrofísico do Instituto de Astrofísica de Paris e coautor do estudo, a formação de buracos negros no Universo jovem, podem ser diferentes dos que conhecemos no Universo mais antigo, ou seja, sugerem um crescimento mais rápido e precoce.
A hipótese que grupo de astrônomos da Universidade de Cambridge considera no momento, éque o Universo era muito jovem naquele momento para abrigar um buraco negro tão maciço, por isso, é necessário contemplar outros modelos para explicar seu surgimento.
O estudo publicado na Nature não descarta nenhuma dessas hipóteses. A espera agora é para que as capacidades de observação excepcionais do telescópio James Webb, forneçam mais informação.