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Novo tratamento contra tuberculose é apresentado no Reino Unido

O estudo foi realizado durante nove meses e contou com a participação de 1.006 pacientes procedentes de nove países da África subsaariana

Tuberculose: 734 foram declarados curados após o tratamento, 54 não responderam aos remédios, 82 morreram durante o período, e os cientistas perderam o contato com 49 deles (Alexander Joe/AFP)
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AFP

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 16h58.

Um novo tratamento contra a tuberculose resistente aos antibióticos registrou uma taxa de sucesso de 82%, um "avanço" apresentado durante a Conferência Mundial da União sobre a Saúde Respiratória, que começou na quarta-feira (26) em Liverpool (noroeste da Inglaterra).

O estudo foi realizado durante nove meses e contou com a participação de 1.006 pacientes procedentes de nove países da África subsaariana, todos eles resistentes à rifampicina, um dos medicamentos mais eficazes contra a tuberculose.

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Sete remédios foram receitados aos pacientes. Um deles, a isoniazida, já usado na luta contra a tuberculose multirresistente, foi administrado em doses duas vezes maiores do que as prescritas normalmente.

Dos 1.006 pacientes, 734 foram declarados curados após o tratamento, 54 não responderam aos remédios, 82 morreramdurante o período, e os cientistas perderam o contato com 49 deles, segundo o estudo.

O tratamento é "um avanço no combate à tuberculose resistente aos antibióticos", comemorou a médica Paula I Fujiwara, diretora científica da União Internacional contra a Tuberculose e as Doenças Respiratórias.

"Esses resultados foram obtidos em contextos diferentes e em um grande número de pacientes, o que demonstra que se trata do tratamento mais eficaz atualmente contra a tuberculose resistente aos medicamentos", afirmou.

O estudo foi realizado em colaboração com o Instituto de Medicina Tropical de Ambères, o Instituto Científico San Raffaele de Milão e pesquisadores dos nove países africanos envolvidos.

Cerca de 1,8 milhão de pessoas morreram de tuberculose em 2015, 300.000 a mais do que no ano anterior, informa o relatório anual da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado em outubro.

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