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Nasa transmitirá primeira aterrissagem em Marte em seis anos

Sonda InSight chegará ao planeta vermelho em breve

(NASA/JPL-Caltech/Divulgação)

Lucas Agrela

Publicado em 19 de novembro de 2018 às 12h22.

Última atualização em 19 de novembro de 2018 às 12h28.

São Paulo – Seis anos depois do pouso da sonda Curiosity no planeta vermelho, a Nasa (agência espacial americana) transmitirá uma nova aterrissagem em Marte . Agora, será a vez de vermos a sonda InSight, lançada em 5 de maio ao espaço, explorar o astro para descobrir novos dados sobre a formação de planetas rochosos, o que também ajuda cientistas a entender a criação da Terra . Na sua missão de dois anos, a InSight vai explorar o interior profundo de Marte.

A sonda é seguida por duas unidades de comunicação chamadas Mars One Cube (MarCO). Elas serão as responsáveis pela transmissão de dados para a Nasa, se tudo der certo na aterrissagem.

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A transmissão da chegada da Insight a Marte será via internet, tanto no site oficial quanto nas redes sociais da Nasa. O vídeo deve durar o dia todo, das 6 da manhã às 18h da próxima segunda-feira (26). O pouso está previsto para acontecer a partir das 17h (horário de Brasília). Nas redes sociais, os usuários poderão fazer perguntas, em inglês, com o uso da hashtag #askNASA.

O que a InSight vai fazer?

Em sua missão, a InSight irá coletar os "sinais vitais" de Marte, como temperatura, pulso sismológico e reflexos (como o quanto o polo norte do planeta balança ao orbitar o sol). Os dados podem ajudar a entender o tamanho do núcleo rico em ferro do planeta de 4,5 bilhões de anos de idade. A análise também ajudará a descobrir se há outros materiais em seu núcleo.

Até o momento, o único planeta estudado com afinco pela humanidade é a Terra. Com mais informações sobre Marte, será possível compreender melhor as razões para a formação dos planetas do sistema solar, que foram formados a partir da mesma matéria-prima, bilhões de anos atrás, mas se tornaram muito diferentes entre si.

Marte tem um sistema tectônico diferente do da Terra. Ele permanece estático há 3 bilhões de anos, em parte, por ser menor do que o nosso planeta e por ter menos energia para mudanças estruturais. Ainda assim, Marte é conhecido pelos seus terremotos característicos, chamados, em inglês, de marsquakes. Eles serão estudados pela primeira vez, com dados claros, a partir da chegada da nova sonda. São esperados entre 12 e 100 marsquakes no período da missão. Eles devem ter intensidade máxima de 6.0 na escala Richter.

Por fim, Marte abriga um dos maiores vulcões do sistema solar, o Tharsis. A InSight escavará a uma profundidade de 5 metros para medir a temperatura do solo para que seja possível entender como o calor que escapa do centro do planeta modifica sua superfície.

Até o final de 2020, a humanidade terá coletado dados importantes para entender a formação dos planetas do sistema solar, se tudo der certo com a InSight, mais moderna do que a Curiosity, que, em março deste ano, completou 2 mil dias de caminhada no planeta vermelho.

 

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