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Cientistas no Japão criam máscara que brilha em contato com coronavírus

Item de proteção pode funcionar como um tipo de teste de baixo custo, já que consegue identificar a Covid-19

Após concluir os testes, a equipe pretende obter aprovação do governo para vender as máscaras (Universidade da Prefeitura de Kyoto/Divulgação)
AO

Agência O Globo

Publicado em 10 de dezembro de 2021 às 12h08.

Pesquisadores japoneses desenvolveram máscaras que brilham quando expostas à luz ultravioleta se contiverem vestígios do coronavírus, usando anticorpos extraídos de ovos de avestruz. A descoberta de Yasuhiro Tsukamoto e sua equipe da Universidade da Prefeitura de Kyoto, no oeste do Japão, tem por objetivo oferecer aos usuários uma maneira fácil de testar se contraíram a Covid-19.

Após concluir a fase de testes, a equipe pretende obter a aprovação do governo para vender as máscaras possivelmente no próximo ano.

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As avestruzes são capazes de produzir vários tipos diferentes de anticorpos ou proteínas que neutralizam entidades estranhas no corpo. Em fevereiro do ano passado, a equipe injetou uma forma inativa e não ameaçadora do coronavírus em avestruzes fêmeas, extraindo com sucesso uma grande quantidade de anticorpos dos ovos que colocaram.

Os cientistas começaram criando uma máscara de filtro revestida com anticorpos de avestruz voltados para o novo coronavírus. Um estudo feito com 32 pessoas com Covid-19 por dez dias mostrou que todas as máscaras usadas pelos participantes brilhavam sob a luz ultravioleta, principalmente nas áreas ao redor do nariz e da boca. O brilho reduzia com o passar do tempo, por conta da diminuição da carga viral.

A equipe pretente continuar com os testes e realizar um estudo com 150 pessoas. Outro objetivo é desenvolver máscaras para que brilhem automaticamente, sem iluminação especial, se o vírus for detectado.

O reitor da universidade descobriu que ele próprio era positivo para Covid-19 depois de usar uma das máscaras experimentais e descobrir que ela brilhava quando marcada. Ele confirmou o diagnóstico por meio de teste padrão para a doença.

— Podemos produzir anticorpos em massa de avestruzes a um custo baixo. No futuro, quero fazer disso um kit de teste fácil que qualquer pessoa possa usar — disse Tsukamoto em entrevista ao jornal Kyodo News.

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