Tinta invisível: ela pode ser "aplicável na proteção de informação confidencial" (gzorgz/Thinkstock)
EFE
Publicado em 31 de outubro de 2017 às 16h58.
Londres - Um grupo de cientistas da China descobriu como produzir um tipo de tinta invisível com aparência menos perceptível que outras existentes e que pode ser ativada e desativada a qualquer momento, segundo publicou nesta terça-feira a revista "Nature Communications".
A equipe liderada por Liang Li, da universidade Jiao Tong de Xangai, destaca que este novo sistema, baseado num composto de chumbo, pode ser "aplicável na proteção de informação confidencial".
Os especialistas explicam que, normalmente, a tinta invisível se ativa e desativa com a aplicação de produtos químicos, calor ou luz, mas assinalam que muitos dos tipos atuais nunca voltam a ser totalmente invisíveis quando são desativadas, o que acarreta problemas de segurança.
A equipe de Liang Li desenvolveu uma fórmula com um composto de chumbo incolor cuja luminescência pode ser ativada e desativada com a aplicação de um sal que altera a composição química.
Esta tinta é impressa em um papel especial mediante uma impressora de tinta. Uma vez impressa, fica totalmente invisível tanto à luz natural como a raios ultravioleta, até que sua luminescência seja ativada com o sal.
Quando o sal é aplicado, a mensagem escrita pode ser lida sob um foco de luz ultravioleta, e o mesmo sal é utilizado de novo para desativar a visibilidade.
O fato de o mesmo sal ativar e desativar a tinta oferece a possibilidade de "vários ciclos de criptografia e descriptografia de informação", explicaram os cientistas.
A equipe de pesquisadores reconhece que é preciso levar em conta "a toxicidade dos materiais baseados no chumbo" e indicam que poderia ser possível desenvolver uma tinta de caraterísticas similares com materiais alternativos.