A vacina vai ajudar na retomada do consumo dos Estados Unidos?
Universidade de Michigan divulga nesta sexta índice de confiança do consumidor, com estimativa de alta por conta do avanço da vacinação
Thiago Lavado
Publicado em 12 de março de 2021 às 06h00.
Quando a Universidade de Michigan anunciar os dados de confiança do consumidor nos Estados Unidos no mês de março nesta sexta-feira, 12, a discussão entre priorizar saúde ou economia pode ficar no passado.
É esperado que o índice suba 2,1 pontos, para 78,9 pontos totais. A última medição, em fevereiro, apontou um valor de 76,8, uma queda de 2,8% ante janeira e 24% ante o mesmo mês do ano passado.
A expectativa pela alta deste mês é que os consumidores estejam mais confiantes com o avanço da vacinação no país e a queda das infecções por covid-19. Até o momento, 98,2 milhões de doses foram ministradas, no país, uma média de 2,2 milhões de doses por dia desde o início do programa de vacinação.
A estimativa atual é que em cinco meses os americanos consigam ter imunizado, com duas doses, 75% de sua população. Poucos países estão na frente no percentual de população imunizada, e nenhum deles aplicou mais injeções que os EUA.
Com o programa de vacinação, estados devem relaxar as restrições impostas sobre negócios e permitir também maior atividade financeira.
Os EUA, apesar de verem uma luz no fim do túnel, não passaram incólumes pela pandemia: foram quase 30 milhões de casos e mais de 530.000 mortes. Ainda hoje, apesar do avanço da vacinação, lutam para reduzir mortes e contágio.
Ainda que outras medidas possam ser levadas em conta, como o pacote de auxílio assinado pelo presidente Joe Biden nesta semana, se os dados de confiança do consumidor vierem positivos, fica mais forte o argumento de que a retomada econômica de um país passe primeiro por uma sólida campanha de imunização.