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Semana de quatro dias faz bem para a saúde dos funcionários, comprova estudo

Pesquisa avaliou 41 empresas que adotaram a jornada reduzida, medindo o bem-estar dos empregados e os resultados comerciais das companhias

Trabalho: empresas avaliam adoção da flexibilidade na jornada de trabalho dos funcionários (Morsa Images/Getty Images)

Trabalho: empresas avaliam adoção da flexibilidade na jornada de trabalho dos funcionários (Morsa Images/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 31 de julho de 2023 às 13h55.

Última atualização em 31 de julho de 2023 às 14h27.

Um ano após o lançamento de um programa piloto que testou uma semana de quatro dias em empresas nos Estados Unidos e no Canadá, a média de horas de trabalho dos funcionários continuou a cair. Além disso, a melhora no bem-estar físico e mental dos funcionários, graças à redução da jornada, se manteve firme ao longo do tempo, contrariando as previsões de que haveria um esgotamento desse efeito após alguns meses.

Uma nova pesquisa da 4 Day Week Global, uma organização sem fins lucrativos que coordenou o estudo, acompanhou a saúde, o bem-estar e os resultados comerciais de 41 empresas que adotaram o modelo de semana reduzida de trabalho um ano depois do início do programa piloto.

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As pontuações de saúde física e mental relatadas pelos funcionários se mantiveram estáveis durante todo o ano, enquanto o equilíbrio entre vida pessoal e profissional continuou a melhorar. Houve, porém, aumento nas taxas de esgotamento dos funcionários e a satisfação dos trabalhadores com o trabalho caiu — embora ambos indicadores continuem melhores do que antes da adoção da semana de quatro dias.

O relatório constatou que um ano após o lançamento dos testes, que foram realizados pelo período de seis meses, a média da semana de trabalho dos funcionários caiu de 38 horas para menos de 33 horas, um grande passo em direção à meta das 32 horas que compõem uma semana de trabalho composta de quatro dias de 8 horas.

Os pesquisadores atribuem a redução adicional de horas ao fato de as empresas terem descoberto mais maneiras de serem eficientes, em vez de dependerem do aumento da intensidade do trabalho. A economia de tempo veio através de uma programação com menos reuniões, da simplificação da comunicação e da criação de mais tempo de concentração para reduzir as distrações.

O estudo sugere que os benefícios da mudança para uma semana de quatro dias podem durar e se fortalecer com o tempo, em vez de se dissiparem.

"Uma preocupação que ouvimos com frequência é que não há como os resultados de nossos testes de seis meses serem mantidos, pois a novidade acaba passando, mas aqui estamos um ano depois com benefícios que continuam a aumentar. Isso é muito promissor para a sustentabilidade desse modelo", disse Dale Whelehan, CEO da 4 Day Week Global, no relatório.

Os pesquisadores também avaliaram o efeito positivo que a semana de quatro dias teve sobre o bem-estar dos trabalhadores, constando ganhos de longo prazo.

"Isso sugere que os efeitos positivos que uma semana de quatro dias tem sobre a satisfação com a vida podem estar mais profundamente enraizados no bem-estar geral dos indivíduos do que apenas na satisfação com o trabalho", escreveu a pesquisadora principal do estudo, Juliet Schor, professora do Boston College.

O cronograma de uma semana de trabalho abreviada aumentou a capacidade das empresas em contratar e reter funcionários, sendo que quase um terço dos empregados que disse que estava pensando seriamente em deixar a empresa agora diz que é menos provável que o façam.

Quando perguntados sobre quanto teriam de receber para voltar a trabalhar cinco dias, quase metade disse que precisaria de aumentos significativos para considerar a possibilidade, enquanto cerca de um em cada dez disse que nenhuma quantia seria suficiente. Nenhuma das empresas que participaram do estudo expressou o desejo de voltar à programação convencional de jornada de segunda a sexta-feira.

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