Pessoas conversando no ambiente de trabalho: regra de ouro para mudar de emprego - "não fique no casulo" (Creative Commons/Flickr/ Lars Plougman)
Talita Abrantes
Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h53.
São Paulo – Para muita gente, finalmente, o fim do ano corporativo chegou. Carnaval tardio, Copa do Mundo e eleições podem influenciar a maneira como você irá trabalhar e se posicionar daqui para frente.
Por isso, se a meta é fazer uma mudança de emprego em 2014, a dica é começar a se organizar para isso desde já. Conversamos com especialistas em recrutamento e carreira para checar quais atitudes podem ser tomadas ainda hoje em nome da recolocação profissional nos meses que se seguem. Confira.
1 Estude para entrar jogando
Em um cenário de cintos apertados e incerteza econômica, as empresas, quando olharem para o mercado, irão apostar apenas em profissionais que já “entrem jogando”, como afirma João Marcelo Furlan, da Enora Leaders.
Um dos métodos mais eficazes para conseguir este feito é conversar com as pessoas que já atuam naquele cargo ou empresa. “Tem que buscar informações sobre o que é necessário para executar a rotina dentro daquela área”, afirma o especialista.
Para isso, vá aos locais que estas pessoas estão: de conferências a pós-graduações, passando até (imagine) por happy hours. "Esteja junto de quem tem exerce esta função para absorver a realidade", aconselha.
Com base nestes achados, mapeie quais os itens que você precisa melhorar e crie um plano prático para saná-los.
2 Desafie seu cérebro
Independente da função, profissionais com um olhar analítico viraram peças-chave dentro das empresas. Por isso, ganha pontos quem tem um bom raciocínio lógico e pensamento crítico.
Como desenvolver este tipo de habilidade? “Desafie seu cérebro e a sua forma de pensar”, sugere Furlan.
Antes de prosseguir, assista a um dos vídeos de carreira e aprenda sobre o que é essencial para fazer marketing pessoal
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Estudar para a prova do GMAT (exame usado nos processos de admissão de MBA) pode ser uma maneira. Fazer exercícios de lógica, outra. Bem como experimentar novos contextos, ler livros e por aí vai.
3 Conheça a si mesmo
Não dá para enfrentar nenhum processo de seleção sem ter uma clara consciência sobre si mesmo. Aproveite esta época do ano para fazer um mergulho para dentro de si.
Busque feedback de terceiros, testes de autoconhecimento, cursos e, se necessário, até uma terapia. “Você precisa compreender melhor seu perfil, o que te motiva ou desmotiva, como você lida com as pessoas, como você é”, diz Furlan.
4 Não fique no casulo
Esta época do ano é propícia para entrar em contato com pessoas chave para a sua carreira. “Sempre é um bom motivo para reatar o networking”, afirma Silvio Celestino, da Alliance Coaching. “Não fique no casulo, apareça nas festas, felicite pelo período das celebrações”.
5 Dê números e nomes aos bois
Da mesma forma que não dá para participar de um processo de seleção sem ter uma mínima noção de quem se é, também não vale encarar um recrutador sem elencar, de forma precisa, todos os resultados que entregou.
Hoje, as empresas estão investindo no formato de entrevista por competências. Basicamente, você será avaliado pelas ações que tomou, pela maneira como se desdobrou para alcançar tais resultados. “Eles vão pedir para você falar de situações e resultados”, afirma Furlan.
Daí a importância de conhecer bem o cargo que você mira. “Converse com as pessoas, levante as competências, pense em resultados mensuráveis em cima destas habilidades”, sugere o especialista.
6 Atualize seu currículo
Aproveite este balanço para atualizar seu currículo. Comece, redigindo seu objetivo profissional. Atenção, precisão e objetividade também são palavras de ordem neste campo. Adicione todos os cursos, eventos e treinamentos que participou ao longo do ano. Feche com os resultados que entregou. Se quer mudar totalmente, confira um dos 10 modelos de currículos para todos os gostos e perfis.
7 Analise o mercado
Faça um check up da sua área e mapeie as oportunidades de mercado. “Você precisa avaliar se sua área de atuação é promissora ou não”, afirma Celestino. “Avalie se já não é hora de fazer uma transição”.