Carreira

6 carreiras promissoras no setor farmacêutico

Da mediação entre governo e indústria até a missão de fazer o contato com líderes de opinião da comunidade científica; veja que funções estarão em alta no setor


	Linha de produção de medicamentos: profissionais que fazem estudos farmacoeconômicos serão demandados nos próximos anos
 (ANDRE VALENTIM)

Linha de produção de medicamentos: profissionais que fazem estudos farmacoeconômicos serão demandados nos próximos anos (ANDRE VALENTIM)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 24 de abril de 2014 às 07h53.

São Paulo – Nos últimos anos, o setor farmacêutico no Brasil viveu uma revolução. A entrada dos genéricos no mercado é um dos motivos, mas não o único. “O governo é o principal cliente da indústria farmacêutica e ele mudou”, afirma Silvia Carvalho, consultora sócia da Abrahams Executive Search.

A demanda ficou mais exigente e a competição, acirrada. Para responder a este cenário, novas profissões foram criadas. E, a tendência, é que ocupem mais espaço no mercado, segundo a especialista. Confira quais são estes cargos e o perfil ideal para ocupá-los:

Gerente de acesso ao mercado público

É o profissional responsável por fazer o meio de campo entre governo e indústria farmacêutica. “Ele atua antes do processo de licitação, oferecendo soluções especificas de como a empresa pode ajudar no contexto de cada região”, diz Silvia. 

Os requisitos não seriam para menos: profundo conhecimento dos medicamentos (principalmente, as questões técnicas que são relevantes para o governo), além de domínio das políticas públicas – que podem variar em cada região. Os salários podem chegar a 25 mil reais por mês.

Gerente de acesso ao mercado privado

Neste caso, o profissional media a relação entre a indústria farmacêutica e desde seguradoras de saúde até hospitais. A tarefa é, praticamente, a mesma: mapear necessidades e entregar soluções. Saber tudo sobre os medicamentos e ter uma boa relação com os clientes é a combinação fundamental. 

“É um trabalho proativo. Antes do produto ser lançado, eles já começam o trabalho de acesso”, diz a especialista. Os salários podem chegar a 25 mil reais por mês.



Gerente farmaeconomia

Quais os impactos sociais e econômicos de um tratamento? A resposta é dada por quem atua na área de farmacoeconomia, segundo Silvia. “Este profissional faz estudos que mostram os custos e a duração de um tratamento se o paciente for tratado com o produto A ou B”, descreve a especialista. Os profissionais devem ser da área de Ciências Farmaceuticas e os salários chegam a 30 mil reais.

Medical Science Liaison (MSL)

Este é o profissional que faz contato com líderes de opinião na área de saúde para trocar informações sobre os estudos feitos antes que um medicamento seja lançado. “Não existe uma abordagem comercial. Eles não falam sobre marca, falam sobre molécula”, diz Silvia. 

Até pouco tempo atrás, este cargo era ocupado exclusivamente por médicos – fato que tornava este tipo de profissional extremamente raro no mercado. Hoje, segundo a recrutadora, o mercado se abriu: dá para contratar biomédicos, fisioterapeutas, biólogos e até dentistas para a carreira, entre outros. Mas, neste caso, é essencial ter um doutorado.

Os salários variam entre 15 e 18 mil reais

Gerente de educação médica

O uso de alguns medicamentos é tão complexo que não basta ler a “bula”, é preciso acesso à alguém de dentro da indústria farmacêutica que saiba, em detalhes, o modo de usar. “Ele instrui mais, leva informações ao médico e expõe como administrar cada remédio”, afirma a especialista. Os salários variam de 18 a 20 mil reais.

Gerente de ONG

O cargo ainda não é muito demandado no Brasil, mas entre as empresas mais modernas no setor, ele se tornou uma peça fundamental nos projetos da indústria farmacêutica com o terceiro setor. “Ele orienta as ONGs, faz palestras sobre opções tratamentos. Não é comercial, é uma relação de cunho social”, afirma. Neste caso, os salários atingem a casa dos 15 mil reais. 

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