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Tasso Jereissati indefere pedido de Renan para 27ª cadeira na CAE

O peemedebista apresentou, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, uma questão de ordem para tumultuar a votação da reforma trabalhista

Tasso Jereissati: o senador é presidente do colegiado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de junho de 2017 às 17h49.

Brasília - O líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL), trabalhou mais uma vez contra o governo e apresentou, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, uma questão de ordem para tumultuar a votação da reforma trabalhista.

O presidente do colegiado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), negou o pedido.

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Renan pediu que fosse incluída na comissão mais uma cadeira para o PMDB, com o objetivo de inserir um aliado contra a reforma trabalhista no grupo.

Ele argumentou que a distribuição de vagas do colegiado foi feita com base no tamanho dos blocos e não dos partidos, o que teria prejudicado a vantagem de partido majoritário que tem o PMDB.

Ele defendeu ainda que a comissão com 26 membros, número par, poderia proferir resultados de empate em votações.

"Havendo vaga não ocupada na CAE, direito assemelha-se ao princípio da 'coisa abandonada'. É imprescindível a 27ª vaga para votar matéria tão importante quanto a reforma trabalhista", defendeu.

A questão de ordem de Renan Calheiros é, na verdade, uma tentativa de colocar mais um aliado na comissão, ou seja, mais um senador contrário à reforma trabalhista.

A atitude vem apenas uma semana após a reunião da bancada do PMDB que discutiu o fato de Renan não apoiar o governo e as reformas de Temer.

Na ocasião, Renan conseguiu se manter na liderança peemedebista sob o argumento de que iria se abster de falar contrariamente aos projetos do governo quando a maioria da bancada exprimisse apoio às matérias.

Rejeição

Renan contou com o apoio do PT na questão de ordem, mas foi vencido.

O presidente da comissão, senador Tasso Jereissati, rejeitou a questão de ordem sob o argumento de que a quantidade de vagas nas comissões são determinadas pela Mesa Diretora do Senado e não caberia ao presidente do colegiado decidir sobre a questão.

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