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Senado aprova projeto de quarentena para fusão de partidos

O plenário do Senado aprovou projeto de lei que cria a quarentena para a fusão de partidos políticos, conhecido como "Lei Anti-Kassab"

Gilberto Kassab, ministro das Cidades: impede que o ministro prossiga com a ideia de fundir o PSD com o PROS e o futuro PL (José Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2015 às 19h13.

Brasília - O plenário do Senado aprovou em regime de urgência e por votação simbólica o projeto de lei que cria a quarentena para a fusão de partidos políticos.

A proposta é conhecida por "Lei Anti-Kassab", porque impede que o ministro Gilberto Kassab (Cidades) dê seguimento à ideia de fundir o PSD, do qual é presidente, com o PROS do ministro Cid Gomes (Educação), e o futuro PL, em gestação.

O projeto foi apresentado pelo DEM, que nunca aceitou o fato de Kassab ter atacado a legenda por dentro, levando os dissidentes para o PSD em 2011. E foi apoiado pelo PMDB, que estava incomodado com a movimentação de ministros petistas, que passaram a incentivar o crescimento do partido de Kassab, na intenção de reduzir o tamanho e o peso do partido. Desde que os peemedebistas ficaram sabendo do jogo político incentivado pelo PT e por setores do governo, eles têm aumentado a carga de pressão sobre o Palácio do Planalto.

O projeto, que agora será encaminhado à presidente Dilma Rousseff para a sanção, determina que um partido recém-criado terá de aguardar cinco anos a partir da obtenção do registro definitivo para fundir-se a outra legenda. Em outras palavras, os grandes partidos se resguardaram da provável perda de integrantes para outras legendas.

O mesmo projeto restringiu ainda mais a criação de novos partidos. Um substitutivo feito pelos deputados, na semana passada, impede que eleitores filiados a siglas existentes assinem a ficha de apoio para a criação de nova legenda. O texto inibe a portabilidade do tempo de TV e do fundo partidário para os partidos novos. "Não se pode ficar criando partidos só para fazer uma fusão à frente", disse o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), logo depois de anunciar a urgência para a votação do projeto.

Contrário ao projeto, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) chamou a nova lei de restritiva. "Ela cria obstáculos. E tem o problema do momento. É claramente para atender uma circunstância da política (a proteção ao PMDB e ao DEM). O que precisamos votar é o fim do financiamento privado de campanha e o fim da reeleição."

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O projeto foi apresentado pelo DEM, que nunca aceitou o fato de Kassab ter atacado a legenda por dentro, levando os dissidentes para o PSD em 2011. E foi apoiado pelo PMDB, que estava incomodado com a movimentação de ministros petistas, que passaram a incentivar o crescimento do partido de Kassab, na intenção de reduzir o tamanho e o peso do partido. Desde que os peemedebistas ficaram sabendo do jogo político incentivado pelo PT e por setores do governo, eles têm aumentado a carga de pressão sobre o Palácio do Planalto.

O projeto, que agora será encaminhado à presidente Dilma Rousseff para a sanção, determina que um partido recém-criado terá de aguardar cinco anos a partir da obtenção do registro definitivo para fundir-se a outra legenda. Em outras palavras, os grandes partidos se resguardaram da provável perda de integrantes para outras legendas.

O mesmo projeto restringiu ainda mais a criação de novos partidos. Um substitutivo feito pelos deputados, na semana passada, impede que eleitores filiados a siglas existentes assinem a ficha de apoio para a criação de nova legenda. O texto inibe a portabilidade do tempo de TV e do fundo partidário para os partidos novos. "Não se pode ficar criando partidos só para fazer uma fusão à frente", disse o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), logo depois de anunciar a urgência para a votação do projeto.

Contrário ao projeto, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) chamou a nova lei de restritiva. "Ela cria obstáculos. E tem o problema do momento. É claramente para atender uma circunstância da política (a proteção ao PMDB e ao DEM). O que precisamos votar é o fim do financiamento privado de campanha e o fim da reeleição."

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