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Contraprova confirma coronavírus em chefe da Secom; Bolsonaro faz teste

Fábio Wajngarten acompanhou o presidente na viagem aos Estados Unidos e teve contato com Donald Trump

Fábio Wajngarten: ele realizou exames em São Paulo e agora espera contraprova (Alan Santos/PR/Flickr)
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Reuters

Publicado em 12 de março de 2020 às 12h03.

Última atualização em 12 de março de 2020 às 16h56.

Brasília — O secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, foi contaminado com o novo coronavírus , informou a Secretaria de Comunicação (Secom) em comunicado nesta quinta-feira, 12.

Segundo a nota, o secretário está "cumprindo todas as recomendações médicas, em quarentena domiciliar, e só retornará ao seu trabalho quando não houver risco de transmissão da doença".

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De acordo com a Secom, o governo brasileiro já comunicou autoridades do governo norte-americano a ocorrência do evento para que adotem as medidas cautelares necessárias.

Wajngarten, que teve a contaminação confirmada em contraprova, acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos nesta semana e esteve com o presidente norte-americano, Donald Trump, que disse não estar preocupado.

Com a confirmação, o presidente da realizou um teste para saber se também contraiu a doença. O resultado sairá na sexta-feira, 13. O receio dos médicos é que o presidente possa ser assintomático, ou seja estar infectado, mas sem apresentar os sintomas.

"O Serviço Médico da Presidência da República adotou e está adotando todas as medidas preventivas necessárias para preservar a saúde do Presidente da República e de toda comitiva presidencial que o acompanhou em recente viagem oficial aos Estados Unidos, bem como dos servidores do Palácio do Planalto", acrescentou a Secom em nota.

Mais cedo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tinha dito que o presidente seria monitorado se o teste para coronavírus realizado pelo secretário de Comunicação desse positivo. A pasta afirmou, no entanto, que não irá se pronunciar sobre o caso do chefe da Secom.

Entre o final da tarde e o início da noite da quarta-feira, 11, o grupo que viajou para os EUA passou a receber ligações do gabinete da Presidência pedindo que, diante de qualquer sintoma, fizesse o comunicado imediatamente e procurasse um hospital militar em Brasília para fazer os exames. Bolsonaro completa 65 anos no dia 21.

Participaram da comitiva aos Estados Unidos os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Também viajaram os senadores Nelsinho Trad (PTB-MS) e Jorginho Mello (PL-SC); os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Daniel Freitas (PSL-SC), o assessor especial Filipe Martins, o presidente da Embratur, Gilson Machado, o secretário especial de Pesca, Jorge Seif Jr, entre outros.

Pessoas que conversaram com Wajngarten, em caráter reservado, afirmam que ele apresenta sintomas de gripe. Durante a viagem, ele tomava café da manhã com o presidente em uma sala reservada. Nos Estados Unidos, o grupo que acompanhou Bolsonaro fazia deslocamentos em vans. Apenas o presidente seguia em carro separado.

Nesta quinta-feira, 12, o presidente cancelou viagem ao Rio Grande do Norte. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que o evento oficial foi cancelado por "razões de segurança sanitária".

"A decretação ontem da Organização Mundial da Saúde de uma pandemia mundial nos obriga a ter segurança com a saúde do presidente e as pessoas ao seu entorno", afirmou Marinho na sua conta oficial do Twitter.

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