São Paulo já tem cinco escolas ocupadas por alunos
Os estudantes protestam contra a reorganização da rede estadual de educação
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2015 às 07h29.
São Paulo - Quatro dias após o início de uma onda de ocupações de escolas estaduais contra a reorganização da rede, quinta-feira, 12, chegou a cinco o número de colégios tomados por alunos.
O governo do Estado conseguiu uma liminar para a reintegração de posse do prédio da Escola Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste, que chamou a atenção pela forte presença da Polícia Militar no entorno. Os alunos da unidade permaneciam no local às 21 horas de quinta.
A medida liminar obtida pelo governo vale para todas as escolas da capital - também houve ocupações em unidades na Vila Mazzei, na zona norte, e em José Bonifácio, zona leste.
A Procuradoria-Geral do Estado não informou como vai atuar sobre as ocupações em outras cidades - há uma unidade tomada em Osasco e outra em Diadema.
Na quinta, por volta das 19 horas, o oficial de Justiça chegou à escola em Pinheiros para intimar os alunos sobre a ordem de reintegração e propôs uma audiência de conciliação com um representante da Secretaria da Educação do Estado (SEE). Os alunos aceitaram a proposta e devem comparecer à audiência, marcada para a tarde desta sexta-feira, 13.
Segundo a defensora pública Mara Renata da Mota Ferreira, que vai acompanhar a audiência, os alunos que forem não poderão retornar à escola. A SEE não confirmou se também irá o secretário Herman Voorwald.
"A gente acha que nossa discussão é política e não jurídica. Mas vamos na reunião só porque se trata da nossa saída com um pouco mais de segurança, porque há risco de abuso e tudo o mais", disseram os alunos, em um pronunciamento.
Nas outras duas escolas da capital, não houve intimação até o começo da noite. No colégio da zona leste, alunos disseram que o movimento tem a participação de simpatizantes de outras unidades e da comunidade.
A SEE informou que houve aulas normais em três dos cinco colégios. A pasta disse não ter registro de ocupação em Osasco -, o que foi confirmado pela Polícia Militar (PM) . As tentativas de negociar, disse a SEE, não tiveram sucesso. Ela afirmou ainda que reconhece o direito à livre manifestação, mas não "compactua com movimentos político-partidários".
Retorno
Apesar do cordão de isolamento da PM no entorno da Fernão Dias e da proibição da entrada de qualquer pessoa, ontem à tarde três alunos que já haviam saído foram vistos novamente dentro do prédio.
Ao longo do dia, os policiais tentaram endurecer a vigilância e até mesmo impediram uma mãe de entregar uma sacola de roupas para a filha, há três dias na escola.
No fim da tarde, quando chegou o oficial, houve confusão e a PM agrediu manifestantes com cassetetes e spray de pimenta. O tumulto começou após um homem, que passava pela rua, ser abordado pelos policiais, o que revoltou os manifestantes. A Força Tática foi acionada e o homem liberado, após revista.
A capitã da PM Cibele Marssolo afirmou que a suspeita é de que ele levasse gasolina, o que não se confirmou. Ela defendeu a postura dos policiais. A ação, de acordo com ela, evitou danos maiores a todos.
São Paulo - Quatro dias após o início de uma onda de ocupações de escolas estaduais contra a reorganização da rede, quinta-feira, 12, chegou a cinco o número de colégios tomados por alunos.
O governo do Estado conseguiu uma liminar para a reintegração de posse do prédio da Escola Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste, que chamou a atenção pela forte presença da Polícia Militar no entorno. Os alunos da unidade permaneciam no local às 21 horas de quinta.
A medida liminar obtida pelo governo vale para todas as escolas da capital - também houve ocupações em unidades na Vila Mazzei, na zona norte, e em José Bonifácio, zona leste.
A Procuradoria-Geral do Estado não informou como vai atuar sobre as ocupações em outras cidades - há uma unidade tomada em Osasco e outra em Diadema.
Na quinta, por volta das 19 horas, o oficial de Justiça chegou à escola em Pinheiros para intimar os alunos sobre a ordem de reintegração e propôs uma audiência de conciliação com um representante da Secretaria da Educação do Estado (SEE). Os alunos aceitaram a proposta e devem comparecer à audiência, marcada para a tarde desta sexta-feira, 13.
Segundo a defensora pública Mara Renata da Mota Ferreira, que vai acompanhar a audiência, os alunos que forem não poderão retornar à escola. A SEE não confirmou se também irá o secretário Herman Voorwald.
"A gente acha que nossa discussão é política e não jurídica. Mas vamos na reunião só porque se trata da nossa saída com um pouco mais de segurança, porque há risco de abuso e tudo o mais", disseram os alunos, em um pronunciamento.
Nas outras duas escolas da capital, não houve intimação até o começo da noite. No colégio da zona leste, alunos disseram que o movimento tem a participação de simpatizantes de outras unidades e da comunidade.
A SEE informou que houve aulas normais em três dos cinco colégios. A pasta disse não ter registro de ocupação em Osasco -, o que foi confirmado pela Polícia Militar (PM) . As tentativas de negociar, disse a SEE, não tiveram sucesso. Ela afirmou ainda que reconhece o direito à livre manifestação, mas não "compactua com movimentos político-partidários".
Retorno
Apesar do cordão de isolamento da PM no entorno da Fernão Dias e da proibição da entrada de qualquer pessoa, ontem à tarde três alunos que já haviam saído foram vistos novamente dentro do prédio.
Ao longo do dia, os policiais tentaram endurecer a vigilância e até mesmo impediram uma mãe de entregar uma sacola de roupas para a filha, há três dias na escola.
No fim da tarde, quando chegou o oficial, houve confusão e a PM agrediu manifestantes com cassetetes e spray de pimenta. O tumulto começou após um homem, que passava pela rua, ser abordado pelos policiais, o que revoltou os manifestantes. A Força Tática foi acionada e o homem liberado, após revista.
A capitã da PM Cibele Marssolo afirmou que a suspeita é de que ele levasse gasolina, o que não se confirmou. Ela defendeu a postura dos policiais. A ação, de acordo com ela, evitou danos maiores a todos.