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Rio de Paz faz protesto contra mortes de crianças

Caso mais recente é o de Bruna, de 10 anos, que há uma semana morreu após ser atingida no abdômen por um tiro de fuzil em meio a um tiroteio entre traficantes e policiais

Crianças durante a Rio+20: ONG carioca faz protesto contra a morte de inocentes em operações policiais nas favelas do Rio (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 13h40.

Rio de Janeiro – A organização não governamental (ONG) Rio de Paz promove ato público nesta manhã em frente à Avenida Princesa Isabel, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. O objetivo é protestar contra a mortes de pessoas inocentes, especialmente de crianças, em operações policiais nas favelas do Rio. Um lençol branco com 30 metros de comprimento foi estendido na areia, manchado de tinta vermelha. Sobre ele, foram colocados brinquedos doados por meninos e meninas de favelas e bairros de classe média do Rio de Janeiro.

Durante um protesto, um cartaz de 2 metros de altura e 7 metros de largura ficará estendido na praia com o nome de sete crianças vítimas da violência decorrente dos confrontos entre policiais e bandidos.

O caso mais recente é o de Bruna, de apenas 10 anos, que há uma semana morreu após ser atingida no abdômen por um tiro de fuzil, ao ser surpreendida no meio de um tiroteio entre traficantes e policiais, na Comunidade Costa Barros, na zona norte da cidade.

O presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, disse, em entrevista à Agência Brasil, que a manifestação visa a não deixar o caso cair no esquecimento e sair rapidamente das páginas dos jornais.

“É preciso lembrar que está se iniciando um período em que as noticias envolvendo o julgamento do caso que ficou conhecido como mensalão predominarão nos noticiários de todo o país. Mas não menos importante é também chamar a atenção para esses crimes que tiram a vida de crianças e adolescentes em toda a cidade e em particular nas comunidades carentes”. A ONG é filiada ao Departamento de Informação Pública da Organização das Nações Unidas (DPI-ONU).


Os participantes do protesto vão pedir ao Poder Público que acompanhe a família da menina Bruna. “São vários os casos de civis inocentes e crianças pobres mortos em operação policial nas favelas e ruas do Rio de Janeiro. Muitas dessas mortes geraram muita comoção pública e debate em seus respectivos momentos, mas pouco se fez pelas famílias das vítimas, e as mortes continuam acontecendo”, disse Costa.

A ONG quer que o governo do Rio se pronuncie sobre mais esse acontecimento trágico envolvendo a morte de criança em operação policial. “Mesmo que seja provado que o tiro partiu de um traficante, a tragédia aconteceu em uma ação do Estado, em uma sexta-feira, à luz do dia, em pleno período de férias escolares e com as ruas e vielas repletas de crianças”, disse.

A Rio de Paz quer que o Poder Público defina ações para evitar que crimes como esses voltem a acontecer. “Não estamos acusando a polícia de ter matado a Bruna, muito menos intencionalmente. Não estamos também querendo atar o braço da polícia, impedindo-a de prender bandidos que infernizam a vida da população. Não deixamos de reconhecer que há policiais em cadeira de roda e muitos que até mesmo tombaram ao tentar defender a sociedade da ação de criminosos. Mas também não podemos ignorar que a menina morreu durante uma ação do Estado”, reforçou.

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Rio de Janeiro – A organização não governamental (ONG) Rio de Paz promove ato público nesta manhã em frente à Avenida Princesa Isabel, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. O objetivo é protestar contra a mortes de pessoas inocentes, especialmente de crianças, em operações policiais nas favelas do Rio. Um lençol branco com 30 metros de comprimento foi estendido na areia, manchado de tinta vermelha. Sobre ele, foram colocados brinquedos doados por meninos e meninas de favelas e bairros de classe média do Rio de Janeiro.

Durante um protesto, um cartaz de 2 metros de altura e 7 metros de largura ficará estendido na praia com o nome de sete crianças vítimas da violência decorrente dos confrontos entre policiais e bandidos.

O caso mais recente é o de Bruna, de apenas 10 anos, que há uma semana morreu após ser atingida no abdômen por um tiro de fuzil, ao ser surpreendida no meio de um tiroteio entre traficantes e policiais, na Comunidade Costa Barros, na zona norte da cidade.

O presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, disse, em entrevista à Agência Brasil, que a manifestação visa a não deixar o caso cair no esquecimento e sair rapidamente das páginas dos jornais.

“É preciso lembrar que está se iniciando um período em que as noticias envolvendo o julgamento do caso que ficou conhecido como mensalão predominarão nos noticiários de todo o país. Mas não menos importante é também chamar a atenção para esses crimes que tiram a vida de crianças e adolescentes em toda a cidade e em particular nas comunidades carentes”. A ONG é filiada ao Departamento de Informação Pública da Organização das Nações Unidas (DPI-ONU).


Os participantes do protesto vão pedir ao Poder Público que acompanhe a família da menina Bruna. “São vários os casos de civis inocentes e crianças pobres mortos em operação policial nas favelas e ruas do Rio de Janeiro. Muitas dessas mortes geraram muita comoção pública e debate em seus respectivos momentos, mas pouco se fez pelas famílias das vítimas, e as mortes continuam acontecendo”, disse Costa.

A ONG quer que o governo do Rio se pronuncie sobre mais esse acontecimento trágico envolvendo a morte de criança em operação policial. “Mesmo que seja provado que o tiro partiu de um traficante, a tragédia aconteceu em uma ação do Estado, em uma sexta-feira, à luz do dia, em pleno período de férias escolares e com as ruas e vielas repletas de crianças”, disse.

A Rio de Paz quer que o Poder Público defina ações para evitar que crimes como esses voltem a acontecer. “Não estamos acusando a polícia de ter matado a Bruna, muito menos intencionalmente. Não estamos também querendo atar o braço da polícia, impedindo-a de prender bandidos que infernizam a vida da população. Não deixamos de reconhecer que há policiais em cadeira de roda e muitos que até mesmo tombaram ao tentar defender a sociedade da ação de criminosos. Mas também não podemos ignorar que a menina morreu durante uma ação do Estado”, reforçou.

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