Renan tinha representante que negociava propina, diz delator
Segundo ex-diretor da Petrobras, o senador tinha um representante que negociou com ele o pagamento de propinas, o deputado Aníbal Gomes (PMDB/CE)
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2015 às 22h13.
São Paulo - O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (Abastecimento), delator da Operação Lava Jato , declarou à Justiça Federal nesta segunda-feira, 13, que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) tinha "um representante" que negociou com ele o pagamento de propinas. Segundo Costa, o "representante" de Renan era o deputado Aníbal Gomes (PMDB/CE), antigo aliado do presidente do Congresso.
Perante o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato, o ex-diretor da estatal depôs no processo em que são réus altos executivos da empreiteira OAS.
Costa fez uma longa explanação sobre a rotina de corrupção que se instalou na Petrobras com base na divisão de porcentuais sobre valores de contratos.
Indagado por um dos advogados da OAS sobre o suporte político que ele tinha para se manter no cargo, Costa disse que sua gestão era "compartilhada entre o PP e o PMDB".
O advogado insistiu e quis saber quem lhe dava sustentação política no PMDB. "O senador Renan Calheiros era um dos que davam sustentação política."
Em seguida, o mesmo advogado perguntou. "O sr. negociava com ele (Renan) também valores, propinas, comissionamentos?"
"Não, não, com ele não. Mas ele (Renan) tinha um representante, um deputado, Aníbal Gomes, que algumas vezes negociou comigo isso", respondeu Paulo Roberto Costa.
"Em reuniões com outros empreiteiros, esse Aníbal estava junto?, o Renan estava junto?", perguntou o advogado.
"Senador Renan nunca participou de nenhuma reunião com empreiteiros, Aníbal Gomes sim", disse o ex-diretor da Petrobras.
O deputado Aníbal Gomes não foi localizado para comentar as declarações do delator. Anteriormente, quando citado, Aníbal Gomes negou envolvimento com o esquema de propinas na Petrobras.
O senador Renan Calheiros reiterou, em nota, que suas relações com todas as empresas públicas e seus diretores "nunca ultrapassaram os limites institucionais" e que "jamais autorizou o deputado Aníbal Gomes ou qualquer outra pessoa a falar em seu nome."
São Paulo - O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (Abastecimento), delator da Operação Lava Jato , declarou à Justiça Federal nesta segunda-feira, 13, que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) tinha "um representante" que negociou com ele o pagamento de propinas. Segundo Costa, o "representante" de Renan era o deputado Aníbal Gomes (PMDB/CE), antigo aliado do presidente do Congresso.
Perante o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato, o ex-diretor da estatal depôs no processo em que são réus altos executivos da empreiteira OAS.
Costa fez uma longa explanação sobre a rotina de corrupção que se instalou na Petrobras com base na divisão de porcentuais sobre valores de contratos.
Indagado por um dos advogados da OAS sobre o suporte político que ele tinha para se manter no cargo, Costa disse que sua gestão era "compartilhada entre o PP e o PMDB".
O advogado insistiu e quis saber quem lhe dava sustentação política no PMDB. "O senador Renan Calheiros era um dos que davam sustentação política."
Em seguida, o mesmo advogado perguntou. "O sr. negociava com ele (Renan) também valores, propinas, comissionamentos?"
"Não, não, com ele não. Mas ele (Renan) tinha um representante, um deputado, Aníbal Gomes, que algumas vezes negociou comigo isso", respondeu Paulo Roberto Costa.
"Em reuniões com outros empreiteiros, esse Aníbal estava junto?, o Renan estava junto?", perguntou o advogado.
"Senador Renan nunca participou de nenhuma reunião com empreiteiros, Aníbal Gomes sim", disse o ex-diretor da Petrobras.
O deputado Aníbal Gomes não foi localizado para comentar as declarações do delator. Anteriormente, quando citado, Aníbal Gomes negou envolvimento com o esquema de propinas na Petrobras.
O senador Renan Calheiros reiterou, em nota, que suas relações com todas as empresas públicas e seus diretores "nunca ultrapassaram os limites institucionais" e que "jamais autorizou o deputado Aníbal Gomes ou qualquer outra pessoa a falar em seu nome."