Exame Logo

Protestos podem prejudicar escoamento de grãos

O estado onde se concentrava a maior parte dos protestos era o Mato Grosso, principal produtor de soja do país

Associação de produtores do Mato Grosso destaca que o frete tem papel fundamental na tabela de preços da soja e do milho (Agência Brasil/ Valter Campanato)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2015 às 14h56.

Brasília - Os protestos dos caminhoneiros iniciados nesta semana podem prejudicar a comercialização de grãos no país nos próximos dias, de acordo com o diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, Wellington Andrade.

Na manhã desta sexta-feira (24), o estado onde se concentrava a maior parte dos protestos era o Mato Grosso, principal produtor de soja do país. Ele afirmou que o frete tem papel fundamental na tabelação dos preços por ser a parte variante do preço de compra.

"A greve pode acarretar dois tipos de prejuízo. A curto prazo ela pode causar a paralisação da comercialização do grão uma vez que para a trade fazer o escoamento [do grão] ela precisa do preço do frete. Se a paralisação continuar pelos próximos quatro ou cinco dias, a trade pode não conseguir mais estipular preços", afirmou Andrade.

Ele ressaltou que grande parte do que está parado nas estradas pode ser de grãos , uma vez que a colheita já feita. "Com certeza tem carga de soja parada e pode ser bem representativa uma vez que estamos em pleno escoamento da produção", disse.

A associação é contrária a reivindicação dos caminhoneiros para que o governo crie um valor mínimo do frete, principal exigência da categoria. "Nós somos favoráveis às pautas colocadas como a diminuição no preço dos combustíveis e nas cargas tributárias, mas a atual reclamação é até inconstitucional", avaliou Wellington Andrade.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) disse à Agência Brasil que a tabela refencial de frete proposta pelo governo que regulamenta a questão do transporte dos produtos é uma medida paliativa porque não contempla todos os insumos de transporte rodoviário de cargas, principalmente os arcados pela categoria.

Como alternativa para o impasse, a Abcam reivindica que seja elaborada e adotada uma tabela nacional de custos que difere da tabela referencial por contemplar os insumos dos transportadores e também dos embarcadores. Em nota, a associação apoia os protestos mas sugere que os caminhoneiros fiquem em casa e deixem de rodar.

A associação também reforça que o ideal, neste momento, é que se mantenha o diálogo com todos os órgãos do governo, para que seja possível articular novas propostas de interesse do setor.

Veja também

Brasília - Os protestos dos caminhoneiros iniciados nesta semana podem prejudicar a comercialização de grãos no país nos próximos dias, de acordo com o diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, Wellington Andrade.

Na manhã desta sexta-feira (24), o estado onde se concentrava a maior parte dos protestos era o Mato Grosso, principal produtor de soja do país. Ele afirmou que o frete tem papel fundamental na tabelação dos preços por ser a parte variante do preço de compra.

"A greve pode acarretar dois tipos de prejuízo. A curto prazo ela pode causar a paralisação da comercialização do grão uma vez que para a trade fazer o escoamento [do grão] ela precisa do preço do frete. Se a paralisação continuar pelos próximos quatro ou cinco dias, a trade pode não conseguir mais estipular preços", afirmou Andrade.

Ele ressaltou que grande parte do que está parado nas estradas pode ser de grãos , uma vez que a colheita já feita. "Com certeza tem carga de soja parada e pode ser bem representativa uma vez que estamos em pleno escoamento da produção", disse.

A associação é contrária a reivindicação dos caminhoneiros para que o governo crie um valor mínimo do frete, principal exigência da categoria. "Nós somos favoráveis às pautas colocadas como a diminuição no preço dos combustíveis e nas cargas tributárias, mas a atual reclamação é até inconstitucional", avaliou Wellington Andrade.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) disse à Agência Brasil que a tabela refencial de frete proposta pelo governo que regulamenta a questão do transporte dos produtos é uma medida paliativa porque não contempla todos os insumos de transporte rodoviário de cargas, principalmente os arcados pela categoria.

Como alternativa para o impasse, a Abcam reivindica que seja elaborada e adotada uma tabela nacional de custos que difere da tabela referencial por contemplar os insumos dos transportadores e também dos embarcadores. Em nota, a associação apoia os protestos mas sugere que os caminhoneiros fiquem em casa e deixem de rodar.

A associação também reforça que o ideal, neste momento, é que se mantenha o diálogo com todos os órgãos do governo, para que seja possível articular novas propostas de interesse do setor.

Acompanhe tudo sobre:CaminhoneirosGrãosPolítica no BrasilPrejuízoProtestos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame