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Polícia lança bombas de gás lacrimogêneo em ato na Paulista

Próximo à Rua Augusta, manifestantes reclamaram que alguns soldados da Tropa de Choque usavam máscaras que impediam o reconhecimento facial

Avenida Paulista: PM ainda não se manifestou sobre o uso das máscaras e das bombas (Germano Lüders/EXAME/Exame)
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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2014 às 20h47.

São Paulo - Os manifestantes do ato Se Não Tiver Direitos, Não Vai Ter Copa – promovido na Avenida Paulista hoje (23) – percorreram sem problemas todo o trajeto da Praça do Ciclista à Praça Oswaldo Cruz, voltando até o vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Na dispersão, no entanto, por volta das 18h40, a Polícia Militar (PM) lançou bombas de gás lacrimogêneo em direção aos ativistas no quarteirão entre a Rua Augusta e a Rua Haddock Lobo.

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Próximo à Rua Augusta, manifestantes reclamaram que alguns soldados da Tropa de Choque usavam máscaras que impediam o reconhecimento facial.

Dois manifestantes se desentenderam, formou-se um tumulto no local e, em seguida, a PM lançou bombas para dispersar as pessoas.

Perguntada sobre o ocorrido, a PM ainda não se manifestou sobre o uso das máscaras e das bombas.

Mais cedo, na concentração do protesto , os ativistas jogaram futebol na rua sob o olhar de centenas de policiais.

Além dos gastos para a realização do Mundial, os manifestantes questionam a repressão policial e defendem o direito de livre manifestação e de greve.

A manifestação de hoje foi marcada pela presença ostensiva de policiais da Tropa de Choque e da Cavalaria, além de equipes em motocicletas, viaturas e a pé.

Alguns policiais levavam armas nas mãos. Sobre os cavalos, soldados da PM estavam armados com sabres (espadas).

De acordo com a PM, havia 200 pessoas, entre manifestantes e jornalistas. O número de policiais foi praticamente o mesmo que o de ativistas.

Mais cedo, por volta das 13h, em Porto Alegre, também houve uma manifestação. Foi organizado um ato em frente a prefeitura da cidade, com passeata até o Largo do Zumbi dos Palmares. “Tinha mais policiais do que manifestantes.

A situação era a de controle”, disse Fernando Campos Costa, integrante do Comitê Popular da Copa e da Amigos da Terra Brasil.

Ele acrescentou que amanhã (24), na capital gaúcha, haverá uma ação protesto, com o lançamento do filme A Copa que o Mundo Perdeu em Porto Alegre. O filme retrata os impactos das obras da Copa em comunidades de Porto Alegre.

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